Gabriela Barros, Jorge Corrula, Manuela Couto, Ruben Madureira, Sérgio Praia e Sissi Martins estrearam esta quarta-feira, no Auditório dos Oceanos, no Casino de Lisboa, a peça cujo guião foi escrito originalmente em 1995 pelo escritor e dramaturgo inglês Alan Ayckbourn, traduzido e adaptado posteriormente por Fernando Villas-Boas.
Um ‘triller’, com muito suspense à mistura, mas que proporciona momentos de verdadeiro riso.
Várias foram as personalidades que fizeram questão de marcar presença nesta estreia, como foi o caso da atriz Paula Lobo Antunes que salientou, durante o cocktail que se deu antes do grande momento, a importância de apoiar não só o marido, Jorge Corrula, como o restante elenco.
“Tenho um grande carinho pelos atores todos, principalmente pelo Jorge como é óbvio, mas estou confiante que ele vai fazer um excelente trabalho”.
Com uma longa carreira de sucesso, Octávio Matos realçou a importância do apoio aos atores mais velhos não poupando elogios ao seu amigo e encenador da peça, Fernando Gomes, a quem apelidou de “um dos maiores”.
“Ele é um pouco esquecido, como normalmente é assim neste país, As pessoas têm uma carreira fabulosa e, de repente, as pessoas esquecem-se. As pessoas devem acarinhar os seus atores”.
Numa altura em que, mais que nunca, os artistas unem-se por mais apoio à cultura, nem do dia da estreia o tema foi esquecido.
“Independentemente das minhas tendências clubísticas, (que eu sou benfiquista assumido), fala-se demasiado de futebol em Portugal, o que é uma pena”, começou por dizer Paulo Pires, acrescentando ser “uma pena que as pessoas não queiram um pouco mais de cultura”.
O ator foi mais longe e nomeou alguns acontecimentos nacionais e internacionais que, no seu ver, têm assumido pouca importância na comunicação social.
“Eu também adoro futebol. Mas ultimamente tem acontecido uma coisa que é, e já estou a ir para além da cultura, tudo aquilo que está a acontecer na Síria, a relação económica dos EUA com a China, a relação do Trump com o Putin, o Lula no Brasil e a questão dos subsídios para a cultura e fala-se só da crise do Sporting. E se fosse da crise do Benfica o discurso seria o mesmo”.
Apesar da luta pelos direitos, Alda Gomes sublinha a união dos artistas.
“No meio desta crise toda continua a ver produções, continua a haver teatros a estrear, séries a serem produzidas, novelas a serem feitas, filmes que vão estrear. No meio destas crises todas ainda se faz, ainda pomos mãos à obra, ainda nos unimos em prol da cultura e do público para vir assistir. Isto é para o público. Nós não vivemos sem ele. Isto é mágico”.
A magia continua agora no Auditório dos Oceanos, no Casino de Lisboa, e viajará até ao Porto, no Teatro Sá da Bandeira, a 13 de Setembro.