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Festas Lisboa´16 inspiradas em Rafael Bordalo Pinheiro

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Festas Lisboa´16 inspiradas em Rafael Bordalo Pinheiro


O mês de junho traz a Lisboa as tão aguardadas marchas populares, os manjericos e arraiais sendo que, este ano, os festejos do Santo António assentam na comemoração do 170.º aniversário do nascimento de Rafael Bordalo Pinheiro e dos 50 anos da Ponte 25 de Abril.

A EGEAC, empresa municipal responsável pela animação cultural de Lisboa, vai garantir aos alfacinhas uma agenda preenchida e diversificada. Para além dos cerca de 20 arraiais espalhados pela cidade durante todo o mês, haverá mostras de cinema ao ar livre, festivais de banda desenhada, ofertas literárias e espetáculos vários.

A 10 de junho, o Terreiro do Paço recebe o espetáculo “Deixem o Pimba em Paz”, com Bruno Nogueira e Manuela Azevedo acompanhados pela Orquestra Metropolitana de Lisboa e por grandes nomes da música portuguesa como Jorge Palma, Sara Tavares e Marante.

O humorista refere que “é um privilégio enorme fazer parte das Festas de Lisboa, assim como dos festejos do 10 de junho, em dia de arranque de Europeu de futebol” e que “estar no Terreiro do Paço é sempre um sítio mítico para concertos ao ar livre e nós, em palco, vamo-nos divertir, certamente”.

“O nosso principal objetivo era tratar estas músicas como trataríamos outras músicas quaisquer e fazer arranjos que nos dessem muito prazer de tocar e de cantar e que não diminuíssem nem acrescentassem, porque muitas vezes a letra fica perdida no meio daqueles arranjos o original. Com a Orquestra e com os arranjos do Mário Laginha e do Filipe Melo, ganha uma dimensão muito interessante”, acrescentando que já terá recebido feedback de autores de alguns dos temas escolhidos e que estes “perceberam que, acima de tudo não é uma sátira nem um gozo porque isso não seria interessante, mas sim um pouco perverso”.

Bruno Nogueira refere ainda que “fazemos mesmo ponto de honra de fazer daquilo uma celebração da música chamada pimba, dando oportunidade às pessoas de largarem o preconceito durante uma hora e meia e ouvirem de outra maneira aquelas músicas que estão habituados a ouvir”.

O fado também terá presença nas festividades com Carminho, José Manuel Neto e Ana Moura a comporem o cartaz e, se falamos de música, é obrigatório destacar o concerto de encerramento das Festas, responsabilidade dos Buraka Som Sistema naquela que será a última subida da banda aos palcos, a 1 de julho, na Torre de Belém.

Nas palavras de Joana Gomes Cardoso, presidente da EGEAC, “trata-se de uma homenagem que a cidade presta, neste ano em que se celebra o aniversário da Ponte 25 de Abril e o conceito de pontes, a uma das suas grandes bandas que tanto fez por Lisboa ainda antes da cidade estar na moda e no mapa”, acrescentando que “os Buraka Som Sistema souberam fazer essa ponte com o mundo e mostrar Lisboa ao mundo”.

Se há eventos a manterem-se, como no dia 12 de junho com os Casamentos de Santo António e as marchas populares a saírem à rua, e a repetição da tradição dos Tronos de Santo António, recuperada no ano passado, também há direito a novidades. Para celebrar os 20 anos da EGEAC, vai ser lançado na Feira do Livro a 8 de junho, o guia “Ler e Ver Lisboa”, um projeto que reúne 20 itinerários da cidade, desenhados por 20 ilustradores e 20 escritores.

O destaque vai também para o fato de quase toda a programação ser de entrada livre porque, segundo Joana Gomes Cardoso, “queremos que as Festas sejam para todos sem barreiras” e também “mais acessíveis, pelo que estamos a trabalhar com a cumplicidade da RTP para, pela primeira vez, termos linguagem gestual e áudio-descrição para cegos durante a emissão televisiva das marchas populares”.

Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, destacou a “diversidade e o percurso notável das Festas da cidade”, o que o torna “num evento menos centrado no centro da cidade, menos centrado exclusivamente sobre os aspetos tradicionais das Festas da cidade, como os arraiais, fazendo com que esta se venha a afirmar como uma cidade aberta, cosmopolita e com uma fortíssima dinâmica cultural”.

E a prova está nos resultados da 6ª edição do concurso das Sardinhas Festas de Lisboa´16. Das cinco vencedoras, escolhidas por Gisela João, Rita Blanco, Vhils, Nuno Markl e Rui Unas, apenas duas são de autores portugueses: Diogo Matos e Clara Leitão, existindo também sardinhas do Brasil, da Grécia e da Ucrânia e recebendo cada vencedor um prémio no valor de dois mil euros.

Para saber mais detalhes sobre as Festas de Lisboa´16, basta clicar aqui