A cerimónia teve início com cinco casamentos pelo civil, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, às 11h45.
A celebração religiosa realizou-se na Sé de Lisboa. Muitos foram os que quiseram testemunhar o momento e aguardaram as 11 noivas que chegaram nos tradicionais carros antigos.
Maria Felismina, de 71 anos, veio ver pessoalmente, pela primeira vez, aquele que considera ser a concretização de um sonho.
“Só via pela televisão. Como tenho os meus filhos cá [em Lisboa] a morar, aproveitei para vir espreitar. Queria muito estar aqui. Tenho muita fé”.
Um dia da concretização de um sonho também para os noivos que após a cerimónia apenas resumiam o momento vivido com uma palavra: “Felicidade”.
Inês e Vasco, por exemplo, namoraram 4 anos e meio e, ao aNOTÍCIA.pt, afirmaram estar “muito felizes com a simpatia das pessoas” que por ali se encontravam, não deixando de salientar o espírito de “solidariedade entre todos os noivos”.
O casamento de Santo António acaba por ser também a prova “de luta e sacrifício da união” entre casais. Palavras de Alexandra e Edgar que celebraram o casamento pelo civil. O facto de terem 10 anos de diferença fez com que sentissem algum “preconceito” ao longo do tempo de relacionamento e viram esta celebração como uma prova de “afirmar perante tudo e todos a nossa união”.
Alexandra vai mais longe e deixa uma mensagem a “todas as mulheres de 40”: “Podem-se apaixonar novamente e viver um grande amor”.
Um dia especial não só para os casais mas também para a cidade de Lisboa como afirmou Fernando Medina, Presidente da Câmara de Lisboa, ao aNOTÍCIA.pt.
“É um dia muito emocionante para estes jovens, para estes casais, que dão aqui um passo muito importante da sua vida. Mas também é importante para a cidade que é uma marca da sua renovação, da sua continuidade”, disse, acrescentando que: “no fundo estes jovens casais vão continuar este grande sonho que é a cidade de Lisboa, o local onde sucessivas gerações construíram os seus lares, os seus futuros, para si e para os seus”.
Uma tradição que se mantém viva há vários anos e que homenageia também aqueles que um dia foram abençoados pelo padroeiro da cidade. Esta terça-feira foram 9 os casais de Ouro que brindaram aquele dia que disseram “Sim”, em 1968.
Após o término das celebrações, seguiu-se o tradicional Copo de Água na Estufa Fria, onde presentearam os convidados com a tradicional valsa.
Já ao final do dia, os recém-casados, a par dos marchantes, desfilaram e animaram a Avenida da Liberdade.