Com o vento a não atingir os 20 nós, a primeira regata foi ganha pelo Luna Rossa, do proprietário da empresa Prada, Patricio Bertelli, em luta directa com a outra equipa italiana, Azzurra, ficando o terceiro lugar para o Quantum. O primeiro armador amador a terminar a regata foi André Soriano, que levou o Alegre ao quinto posto.
E o Alegre confirmou o bom momento em Cascais com a vitória na segunda regata do dia, com condições de vento diferentes, em que uma boa saída e o conhecimento local foram determinantes. Gustavo Lima, membro do Alegre, na função de ‘Local Expertise Adviser’ e sempre em contacto directo com o táctico Andrew Horton e o estratega Kevin Harrap, foi um trunfo importante.
“Ontem, foi um dia típico de Cascais, com o vento a entrar forte; hoje, tinha alguns segredos de campo de regatas e só com algum conhecimento local é que se pode identificar esses segredos e penso que a minha equipa fez um excelente trabalho. Na primeira regata, íamos terminar em quarto, mas tivemos um ligeiro detalhe na última popa e acabámos em quinto. Mas na segunda, lideraram a regata do princípio ao fim”, explicou Lima, que já tinha tido uma experiência anterior com a equipa Provezza. Este ano, os conhecimentos do velejador luso têm aumentado, graças ao salutar contacto com os elementos das outras equipas.
“Sinto-me cada vez mais integrado. Cá em Portugal temos imensos velejadores com boa qualidade, mas poucos com oportunidades. Eu vou no barco até à hora da largada e com o que estou a aprender em termos de conhecimento do barco e em geral, o resultado só pode ser positivo. O nosso armador da nossa equipa é amador, mas está a discutir com outros barcos que estão cheios de profissionais; temos atrás de nós o Prada, com velejadores profissionais e detentores de títulos mundiais. Além da tranquilidade a bordo, que é o mais importante, este jogo de ter conhecimento local é fundamental. Enfim, vou continuar a desempenhar o meu trabalho humildemente; porque acima de tudo é preciso aprender e conviver de forma humilde, eles gostam disso e a nossa equipa nesse aspecto é uma equipa alegre”, sublinhou, apontando para o nome da equipa na camisola.
Após quatro regatas com quatro vencedores diferentes, Lima confirmou como os detalhes são importantes: “O que faz a diferença são opções tácticas, que acabam por decidir a regata. Queremos ser consistentes e se acertarmos no lado certo do campo de regatas e nas popas também, vamos manter essa consistência. Temos dois quartos, um quinto e um primeiro; a partir do momento em que se começa a tirar oitavos e nono lugares, o preço a pagar é maior.”
Quinta-feira terá lugar a regata costeira (mais próxima da costa), marcada para as 13 horas. A intenção da responsável do Comité de Regatas, Maria Torrijo, é realizar uma prova que possa chegar a Lisboa e voltar, embora a possibilidade dos TP52 entrarem no Tejo só será confirmada algumas horas antes, dependendo das condições de vento.
Classificação do Rolex TP52 World Championship Cascais 2018
(após 4 regatas)
- Quantum Racing (EUA/Doug DeVos) 10 pontos
- Azzurra (ARG/ITA/Alberto e Pablo Roemmers) 12
- Alegre (EUA/GBR/Andrés Soriano) 14
- Luna Rossa (ITA/Patrizio Bertelli) 20
- Sled (EUA/Takashi Okura) 20
- Platoon (ALE/Harm Müller-Spreer) 20
- Provezza (TUR/Ergin Imre) 23
- Phoenix (AFS/Hasso/Tina Plattner) 29
- Onda (BRA/Eduardo de Souza Ramos) 33