Os “artistas” das 19 equipas participantes foram apresentados publicamente de véspera, como habitualmente, dando-se a conhecer no Há Volta, o programa da RTP que foi transmitido em direto de Setúbal. Além das nove formações portuguesas conheceram-se as dez que chegam de vários pontos do globo, da Malásia ao Equador, passando pela Roménia e Albânia.
Raúl Alarcón, Rui Vinhas, Gustavo Veloso, todos da W52-FC Porto, sabem o que é ganhar a Volta, assim como Alejandro Marque, do Sporting-Tavira, equipa que este ano apresenta Joni Brandão, ausente em 2017 devido a problemas de saúde. Também a Aviludo-Louletano-Uli parte com ambição depois do terceiro lugar conquistado por Vicente Garcia de Mateos na edição passada e com Luís Mendonça a querer mostrar evolução depois de conquistada a Volta ao Alentejo. A Vito-Feirense-BlackJack tem em Edgar Pinto a aposta para a geral e João Matias – uma das sensações em 2017 depois de andar vários dias como líder da montanha, que não é a sua especialidade – irá procurar uma vitória de etapa.
A Efapel parte com Sérgio Paulinho e Henrique Casimiro na luta pela geral, mas Daniel Mestre é sempre um nome a ter em conta. A Rádio Popular-Boavista conta com o regresso de Daniel Silva que reforça um bloco que tem em João Benta mais um nome para a montanha, além de contar com um dos homens mais populares do pelotão nacional, Filipe Cardoso que faz agora a 12ª Volta. Domingos Gonçalves irá envergar as camisolas de campeão nacional tanto no contrarrelógio como nas etapas em linha, na procura de mais um triunfo esta temporada. As equipas que este ano subiram ao escalão Continental, Liberty Seguros-Carglass, Miranda-Mortágua e LA Alumínios, apostam muito na juventude, sendo uma classificação que deverá ser bastante discutida. De referir ainda a presença de dois portugueses que estão na equipa espanhola Caja Rural. Rafael Reis e Joaquim Silva estão na Volta para lutar por bons resultados e Rafael, natural de Palmela, quase a correr em casa e especialista na luta contra o crono é um dos candidatos a vencer em Setúbal.
A cidade recebe pela primeira fez o arranque da Volta, tal como Fafe fará a estreia no encerramento da corrida, no próximo dia 12. Até lá, haverá o regresso ao Algarve e o reforço da presença do Alentejo. Haverá ainda a Etapa Vida, no sábado, que passará por alguns dos locais mais afectados pelos incêndios do verão passado e contará com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Domingo será dia de Serra da Estrela, com a Senhora da Graça a surgir no penúltimo dia.
Feitas as apresentações genéricas… que comece a Volta!
Gonçalo Leaça (LA Alumínios) vai estrear o Prólogo, às 15h18. O corredor é o primeiro a sair para a estrada no contrarrelógio individual de 1,8 Km. O vencedor da Volta de 2017, Raúl Alarcón, será o último a partir às 17h28.
A intolerância face ao doping
No espírito da luta antidopagem da União Ciclista Internacional adotado pela Podium Events, enquanto responsável pela Volta a Portugal, a organização faz questão de lembrar ao público em geral, os ciclistas e as equipas que qualquer desrespeito às normas antidopagem representa uma falta grave. No âmbito desta política a organização acredita que qualquer resultado positivo de doping durante a Volta ou mesmo antes, compromete e prejudica gravemente, não só os envolvidos mas também a própria prova representada pela Podium e a modalidade. Como consequência e por motivos óbvios a Podium não permitirá a participação futura nas suas provas de equipas que tenham qualquer envolvimento em resultados positivos de doping.
“Desconhecemos que exista, na presente data, uma acusação formal de doping. Não obstante, preocupa-nos imensamente a incerteza quanto à existência de resultados positivos, razão pela qual alertamos para a necessidade premente e imediata e ética das equipas tomarem as diligências que necessárias à reposição da verdade desportiva”, alerta Jose Carmona, responsável pelas equipas na 80ª Volta a Portugal Santander.
“Incumbe exclusivamente às equipas a decisão imediata sobre a participação ou não na prova de um corredor suspeito de doping e que, após as devidas averiguações, poderá efetivamente ser confirmado como tendo competido sob o efeito de substâncias proibidas”, esclarece José Carmona.
A Podium adverte para a total intransigência quanto a este tipo de situações e assacará a devida responsabilidade à equipa, caso se verifiquem comportamentos desleais de algum membro da equipa, que desrespeitem as normas e regulamentos antidopagem e que coloquem em causa os resultados obtidos na “Volta a Portugal em Bicicleta” e a boa imagem da organização e seus patrocinadores.