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Calor italiano na Volta a Portugal

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Calor italiano na Volta a Portugal
À flor do asfalto o mercúrio passou os 45 graus - ®DR

Quente foi também o sprint que rematou os 191,8 quilómetros da etapa com o triunfo do italiano Riccardo Stacchiotti (MSTina Focus) que vestiu a Camisola Verde dos pontos Rubis Gás. Não havendo bonificações e terminando integrado no pelotão sem cortes, Rafael Reis (Caja Rural-Seguros RGA) manteve a Camisola Amarela Santander conquistada no Prólogo. Mas o dia quente levou-lhe o companheiro de equipa Joaquim Silva devido a problemas de saúde motivados pelas altas temperaturas, caso contrário estaria ainda mais satisfeito. “Acho que lhe parou a digestão, não conseguia comer e acabou por abdicar”, explicou o corredor de Palmela admitindo que esta sexta-feira seja um dia idêntico, novamente com muito calor.

Mario Vogt foi outra das figuras desta primeira etapa em linha. O alemão da Spura Cycling apostou na fuga e se inicialmente ainda teve companhia, acabou por fazer muitos quilómetros em solitário. O esforço valeu-lhe a Camisola Azul Liberty Seguros do prémio da montanha e a liderança da classificação do prémio combinado Kia.

Vogt chegou a ter mais de cinco minutos de vantagem, mas, sem surpresa foi alcançado. O trio Rui Rodrigues (Aviludo-Louletano-Uli), Pierpaolo Ficara (Amore &Vita-Prodir) e Jesse Ewart (SapuraCycling) obrigaram o pelotão a acelerar na perseguição, tendo nessa altura a W52-FC Porto, com a Efapel também a controlar, substituído a Caja Rural na frente do grupo. O trio foi apanhado a cerca de dois quilómetros da meta. Pouco antes, uma queda travou o andamento de vários homens, entre eles Joni Brandão (Sporting-Tavira) que continuaram em prova.

César Martingil, terceiro à chegada a Albufeira, manteve a liderança do prémio da juventude Camisola Branca RTP e também a vice liderança da classificação geral a 2 segundos de Rafael Reis enquanto o Sporting-Tavira continua na liderança por equipas.

A “praia seca” de Albufeira esteve ao rubro

O adjetivo quente ainda regressa a esta narrativa para descrever a autêntica “praia” montada pelos muitos e muitos entusiastas da Volta no relvado de um dos lados da reta da meta na avenida dos Descobrimentos, no centro de Albufeira. Muito antes da chegada estenderam-se toalhas, fizeram-se pic-nics e brindou-se ao regresso da prova rainha que há 10 anos não estava no Algarve.

Com as previsões meteorológicas a voltarem a apontar para temperaturas acima dos 40 graus, o pelotão da Volta terá esta sexta-feira pela frente a etapa mais longa, com 203,6 quilómetros entre Beja e Portalegre. A ligação entre as duas capitais de distrito não se faz há 20 anos na Volta a Portugal.