Que balanço fazes depois deste primeiro ano de corridas?
“Senti que evolui e que alcancei os meus objectivos. Quando me apresentei no inicio do ano, ainda com pouco tempo em cima da moto, tinha ideias claras sobre o que queria desta temporada. Na realidade vivi o melhor (pódiuns e vitórias) e o pior (quedas e lesões), mas com isso aprendi a superar-me (na dor e no sofrimento) e cheguei ao final do ano, com muito mais rodagem, com um grande andamento e com a sensação do dever cumprido.”
O que foi mais complicado neste primeiro ano?
“A falta de experiência – horas em cima da moto – o desconhecimento da grande maioria do circuitos quer em Portugal, quer em Espanha e o nível dos Campeonatos onde participei (CEV, CNV e uma prova do ETC), são os pontos mais relevantes. Sinceramente andar no meio dos outros pilotos foi a tarefa mais difícil, para quem dá os primeiros passos. Depois as quedas, as lesões e ultrapassar o medo depois destas. Foi um ano muito duro.”
Vencer na última corrida foi como…explica!
“Vencer no Estoril foi algo que já esperava e para o qual me preparei a época toda. Obvio que até passar a bandeira de xadrez, nada está garantido, mas a partir da quinta volta, senti que tinha condições para ganhar porque estava a aumentar a distância para o segundo, a cada volta.
Foi o reflexo do trabalho muito intenso ao longo dos últimos meses, supervisionado pelo meu treinador Ismael Bonilla, e sempre com o apoio dos meus pais, presentes em todos os momentos da minha curta carreira. Chorei de alegria, porque lhes consegui dar esta fantástica prenda, ainda em 2017, estendendo este entusiasmo aos meus fans e aos patrocinadores.”
O que queres fazer em 2018, agora com maior responsabilidade por seres já vencedor em 2017!
“Neste momento o objectivo para 2018 só pode ser um. Ser Campeão Nacional. Óbvio que não será fácil, porque felizmente o nível competitivo em Portugal subiu e é mais elevado, mas prometo trabalhar, continuar no meu crescimento e fazer tudo para alcançar este objectivo.”
Qual a pista que mais gostas daquelas onde estiveste…porquê?
“Motorland, em Aragon porque é um circuito grande e com curvas rápidas e que me despertam uma adrenalina e prazer na pilotagem muito especial.”
O que te levou a querer ser piloto…tradição familiar, inspiração de outros pilotos…?
“Quando era miúdo, via as corridas de MotoGP com o meu avô e com a minha mãe, e adorava. Mais tarde fui a Jerez ver uma prova de MotoGP ao vivo, e aquilo que senti fez-me ficar apaixonado pela competição. Os meus pais compraram-me uma RAV para dar umas voltas e com meia dúzia de horas em cima da moto estava a fazer uma corrida no Autodromo de Navarra, e consegui o 1º pódio (3º lugar).