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WQS – Teresa Bonvalot alcança 5.º lugar no QS6000 de Pantín

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WQS – Teresa Bonvalot alcança 5.º lugar no QS6000 de Pantín
Teresa Bonvalot - ®DR

 

A surfista de Cascais, de apenas 18 anos, foi uma das oito surfistas que chegou ao dia final da prova galega, entrando em ação logo no heat inaugural dos quartos-de-final, onde enfrentou a norte-americana e top do WWT Sage Erickson. Teresa até começou melhor o heat, com uma onda de 6,00 pontos, que dava esperanças às cores lusas.

Contudo, com o mar a oferecer poucas ondas, Erickson acabou por passar para a frente do heat nos últimos 10 minutos. Teresa esperou por mais uma onda de qualidade para pode regressar à liderança. Ainda conseguiu esboçar uma resposta no último minuto do heat, mas ficou a apenas 0,20 pontos de fazer a reviravolta – os 10,87 pontos foram insuficientes frente aos 11,06 da norte-americana.

Teresa Bonvalot falhou assim a passagem às meias-finais em Pantín e a repetição do melhor resultado da carreira no WQS, depois de em 2016 ter chegado às semifinais, precisamente, em Pantín. Nessa altura também foi Sage Erickson a terminar com o sonho da portuguesa em chegar ao lugar mais alto do pódio.

Com este resultado, Teresa conseguiu somar 2.650 pontos para o ranking, onde era 15.ª classificada à partida para esta etapa. A jovem surfista portuguesa conseguiu ultrapassar a australiana Dimity Stoyle no ranking, mas vai ser ultrapassada por… Sage Erickson. E ainda pode perder mais um lugar, caso a japonesa Mahina Maeda chegue à final do campeonato – está já nas meias-finais.

Ainda assim, mesmo que perca um lugar no ranking, Teresa Bonvalot fica mais perto de alcançar a qualificação para o Women’s World Tour 2019, uma vez que reduziu distâncias para o “cut”. Teresa sai da Galiza com 8.810 pontos, numa altura em que o requisito está ligeiramente acima dos 10 mil pontos – apenas as seis melhores do ranking de qualificação, excluindo as surfistas que conseguem a permanência pelo WWT, garantem a qualificação.

Será na Austrália, de 8 a 13 de Novembro, no QS6000 de Port Stephens, em Nova Gales do Sul, que tudo se irá decidir em relação às contas finais de 2018. Esta é a única prova máxima que falta disputar até final da presente temporada do WQS feminino e um resultado positivo – o requisito deverá passar por outro 5.º lugar – poderá mesmo colocar a jovem surfista portuguesa na elite mundial do próximo ano. Algo nunca visto no surf feminino nacional.

Destaque ainda para as restantes portuguesas em prova, com Carol Henrique a terminar no 25.º posto, Camilla Kemp no 61.º, Leonor Fragoso e Mariana Assis ambas no 73.º lugar e Yolanda Hopkins na 97.ª posição.

Em Pantín também houve lugar a um QS3000 masculino, onde estiveram em prova mais de uma dezena de portugueses. O melhor resultado pertenceu a Miguel Blanco, com um 25.º posto final. Vasco Ribeiro foi 33.º classificado, Pedro Coelho e Luís Perloiro terminaram ambos no 49.º posto e todos os outros perderam antes da 3.ª ronda.

A “perna europeia” do WQS segue agora para Marrocos, onde na terça-feira tem início um QS1500 em Casablanca. Em prova vão estar uma dezena de portugueses, com Miguel Blanco, Pedro Henrique, Eduardo Fernandes, Francisco Carrasco e Pedro Coelho a serem os representantes lusos na prova masculina e Camilla Kemp, Carol Henrique, Leonor Fragoso, Mariana Assis e Yolanda Hopkins na prova feminina.

A prova marroquina antecede a chegada do circuito WQS masculino a Portugal, onde, de 24 a 30 de Setembro, se disputa o “novo” QS10000 da Ericeira. Será a antepenúltima etapa de estatuto máximo do circuito masculino e a que antecede a partida para o Havai, sendo por isso de importância máxima para os surfistas nacionais que ainda estão na luta por uma vaga no World Tour 2019.