Carlos Ramos nasceu em Lisboa e tem uma vasta obra em áreas como o design gráfico, ex-líbris e medalhística. O autor revela ser um artista “ousado pelo caráter organicista que imprimo às minhas obras, pela conjugação de materiais e pela experimentação de um médium com a natureza”, referindo que “dispenso esquissos e projetos em papel, e como que num impulso repentino, prefiro passar diretamente para a matéria, deixando a obra fluir e crescer na sua escala e contornos”.
Nesta exposição, Carlos Ramos considera que “as suas peças se traduzem em formas orgânicas, depuradas, numa linguagem própria e madura. Podemos encontrar letras em algumas das minhas obras, versos que complementam a poesia da peça. Independentemente do material com que trabalho, desenvolvo um jogo espacial que ajuda a consolidar a atmosfera da peça, criando espaços vazios no seu interior que vivificam a densidade e o peso da obra”.
A primeira exposição de escultura do artista foi em 1996 na Galeria de Arte do Casino Estoril, tendo desde esse ano participado em 62 mostras coletivas e 36 individuais em Portugal e quatro individuais e duas coletivas em Espanha, nomeadamente em Salamanca, Olivença e Marbella. Carlos Ramos está representado em várias coleções privadas e públicas em Portugal, Inglaterra, Brasil, Espanha, Holanda e Angola.
O autor realizou ainda trabalhos como a placa alusiva ao Regicídio e o Memorial às Vitimas da Intolerância, ambos em Lisboa, a escultura em espaço público “Tempo de Sonhar”, em Santarém, e uma escultura de grande formato intitulada “Terra”, em Luanda (Angola). Carlos Ramos colaborou também com a Companhia Nacional de Bailado na pintura do pano de boca de cena, pintura do guarda roupa, e recuperação de adereços e joalharia para o bailado “Sagração da Primavera”, de Igor Stravinsky.
No ano passado, as exposições na Igreja de Santiago – Galeria de Arte foram visitadas por cerca de 16 mil pessoas, um acréscimo de 5,9 por cento comparativamente com o ano anterior. Em 2017, a vila medieval recebeu 174 mil visitas nos museus, igrejas, exposições e postos de turismo, mais 12,4 por cento que em 2016, destacando-se como o melhor ano desde que há registos. Este número de visitas estima-se que corresponderá a 92 mil turistas e visitantes e que 52 por cento do total foram portugueses.