O último álbum de Will Samson, Welcome Oxygen (talitres Records), inclui um tema com o título “O Medo”, algo que se compreende quando se descobre que este trabalho foi maioritariamente composto e gravado em Portugal numa intensa semana de criação.
Já este ano, a editora de cassetes belga Dauw lançou a preciosidade “A Baleia”, uma coleção de quatro peças ambientais e electrónicas com títulos como “Faroleiro” ou “Vozes Encontradas”.
Além de reforçarem ligações ao nosso país, estes dois trabalhos demonstram bem o espectro estético em que Will Samson gosta de navegar: algures entre uma delicada folk que se traduz em canções profundas e apaixonantes – que a revista Exclaim garantiu serem o resultado de “uma escrita que tem vindo a ganhar força” – e derivas electrónicas ambientais que nascem da sua paixão pelas tecnologias analógicas de síntese e gravação: o “grão” das velhas gravações em fita magnética é algo que apaixona Samson.
Sobre WILL SAMSON:
Nascido no Reino Unido em Dezembro de 1988, Will Samson reside actualmente em Bruxelas, na Bélgica.
Em 2012 lançou o aclamado álbum “Balance” (Karaoke Kalk), trabalho que foi masterizado por Nils Frahm, uma das suas referências.
Foi logo com este trabalho que Will formulou a folk e a electrónica como molduras da sua arte.
Seguiram-se as edições de “Light Shadows”, um EP, e de “Ground Luminosity” (Talitres), álbum de 2015. Nestes dois trabalhos, Will aprofundou a sua escrita e acrescentou novas texturas à sua sonoridade, como o uso súbtil de violinos, resultado do seu encontro com Beatrijs De Klerck, talentosa violinista que já tocou com artistas como A Winged Victory for the Sullen. Beatrijs continua a colaborar com Will em palco e no estúdio até aos dias de hoje.
“Animal Hands” (Karaoke Kalk), trabalho lançado também em 2015, foi o resultado da colaboração com o produtor berlinense Heimer, um parceiro natural dada a paixão que ambos nutrem pela eletrónica mais orgânica.
Ao longo destes anos de escrita e gravação, recheados de belíssimos lançamentos, “Will Samson” também se fez à estrada e tem-se apresentado ao vivo com frequência no Reino Unido e na Europa ao lado de artistas como The Album Leaf, Shearwater, Pinback, Marissa Nadler ou Kurt Vile. Assinou também primeiras partes para Ólafur Arnalds, Timber Timbre e vários outros artistas, estabelecendo afinidades e cumplicidades que atestam bem a natureza da sua fascinante música.