Os The Cinematic Orchestra atuaram ontem, domingo, nos Jardins do Marquês de Pombal, em Oeiras, tendo a primeira parte do concerto sido assegurada por Salvador Sobral.
Salvador Sobral pisou o palco às 21h em ponto e, com o seu jeito tímido e movimentos corporais bem expressivos, como as mãos quase sempre cruzadas num jeito peculiar, passeou durante cerca de 45 minutos pelo álbum “Excuse Me”, lançado em Abril deste ano.
A acompanhá-lo estavam Júlio Resende, no piano, André Rosinha, contrabaixista da nova geração da escola do Hot Club e Bruno Pedroso, mentor de Sobral e um dos melhores bateristas de jazz portugueses.
Entre alguns mónologos e com nervosismo, Salvador desabafou que “sei que não estão aqui para me ver, mas nunca toquei para tanta gente”.
E, às 22h10, os The Cinematic Orchestra mostraram que Salvador Sobral talvez tivesse razão com os Jardins do Marquês de Pombal a encherem gradualmente para assistir ao espetáculo da banda britânica.
Numa noite perfeita de verão e de lua cheia, ladeados pela Cascata dos Poetas, os The Cinematic Orchestra brindaram o público com um concerto de mais de 1 hora e meia.
Composta por nove músicos multi-instrumentistas que fundem jazz e música eletrónica, a banda fundada e liderada pelo compositor Jason Swinscoe, começou calmamente ao som de Burn Out e foi crescendo, entre o electro-jazz e o downtempo, com temas como Child Song, Lessons e Breathe.
Mas, assim que se ouviram os primeiros acordes da famosa To Build a Home, o público, até então como que hipnotizado pela fantasmagórica performance, rebentou em aplausos e assobios para logo a seguir ser absorvido pela versão acústica do tema.
Ainda houve tempo para o tema Man with a Movie Camera, apresentado pela primeira vez no Coliseu do Porto em 2000, tendo o concerto terminado com All that you Give.
Na quarta-feira, dia 20, será a vez de Seal ocupar o palco, no Parque dos Poetas. O cantor britânico de soul music regressa a Portugal para celebrar os seus 25 anos de carreira e traz na bagagem o seu ultimo disco “Seal 7”.