Com uma visão distinta face à lista concorrente encabeçada por João Fernandes (presidente da Região de Turismo do Algarve) sobre qual deverá ser o futuro da promoção externa do Algarve, esta recandidatura tem como principal objetivo dar continuidade à estratégia que tem vindo a ser seguida pela ATA, cujos resultados têm vindo a ser reconhecidos nacional e internacionalmente, com base num forte envolvimento e no estabelecimento de parcerias com os privados e na garantia de uma elevada representatividade de todos os agentes do setor da região neste trabalho conjunto que tem vindo a ser desenvolvido, independentemente do seu volume de negócios ou área de atividade.
Na opinião de Carlos Luís, aquilo que é proposto pela lista concorrente constitui um enorme retrocesso no caminho que o Algarve tem vindo a percorrer para assegurar um crescimento sustentável do turismo na região: “Há cinco anos procedeu-se a uma alteração nos estatutos da ATA, aceite por unanimidade, com vista à conquista de uma maior autonomia na promoção externa da região face a qualquer tipo de ingerência política. Considerou-se salutar e desejável a separação de águas entre aquilo que é o papel da RTA e o papel da ATA e a definição de um modelo de promoção assente na união e na representatividade de todos agentes e empresários turísticos da região e num espírito de cooperação e de parceria estratégica com os privados em torno dos interesses do turismo do Algarve“, explica. “Este trabalho conjunto tem sido uma realidade desde então e é graças a ele que o Algarve tem vindo a elevar o seu reconhecimento internacional, fortalecido pelos diversos prémios e distinções que a região tem vindo a acumular em diferentes vertentes. A estratégia que temos vindo a trabalhar tem-se mostrado vencedora: estamos a conseguir posicionar o Algarve como um destino atrativo e de oferta all year round, estamos a reduzir os desequilíbrios sazonais, com base na aposta numa oferta de produtos diversificados e de qualidade, e, desta forma, estamos a contribuir para o reforço da sustentabilidade da região. Por isto tudo, não faz qualquer sentido alterar este caminho e regressar ao passado“, defende o atual presidente.
“As sinergias com a RTA sempre existiram e vão continuar a existir, até porque a RTA tem lugar assente na direção da ATA (tal como a AHETA e a AHISA, em conformidade com os atuais estatutos da ATA) , mas o caminho que cada um destes organismos deve percorrer deve ser distinto, porque as suas funções são efetivamente distintas“, acrescenta Carlos Luís. “É à ATA, como ARPT (Agência Regional de Promoção Turística), que o Turismo de Portugal delega a responsabilidade da promoção regional externa, sendo que o protocolo assinado no passado dia 22, refere claramente que compete a cada ARPT a conceção, gestão e execução do respetivo Plano de Marketing Regional. São estas funções que nos têm permitido, entre outras atividades, estabelecer relações quer com os operadores turísticos internacionais (canais de distribuição de extrema importância em qualquer destino como o nosso), quer com as companhias aéreas, uma vez que consideramos que a acessibilidade é o fator principal para o sucesso do Algarve“, afirma.
“Este eventual passo atrás que está a ser apresentado ao turismo da região já está inclusivamente a ter reflexos negativos, na medida em que a ATA deixará de poder contar na sua direção com a presença da ANA Aeroportos, a mais importante estrutura turística da região, por decisão da própria empresa. Esta situação vem empobrecer o futuro da promoção externa, pelo que, se for reconduzido nas minhas funções, tudo farei para reverter esta situação e para dar continuidade à parceria de sucesso que a ATA tem neste momento com a ANA“, conclui.
Apresentando-se com uma lista inclusiva e representativa do turismo da região, composta por empresários de todos os setores da atividade turística, desde Vila Real de Santo António a Vila do Bispo e Aljezur, Carlos Luís mostra-se confiante no futuro da região e apela à união de todos os agentes da indústria de turismo do Algarve, de forma a que seja possível continuar a trilhar, de forma sustentada, o percurso de crescimento e de evolução que o destino tem feito até aqui.