A 20ª edição da Viagem Medieval no centro histórico de Santa Maria da Feira está a chegar ao fim, mas ainda tem este fim-de-semana para aproveitar a experiência única que o evento promove anualmente.
Se nas edições iniciais não havia uma ordem de reinados a ser seguida, a partir de 2005 deixou-se de se falar em Feira Medieval e passou a fazer-se uma viagem cronológica pelos reis portugueses com D. Afonso Henriques, obviamente, a encabeçar essa viragem naquele que foi o maior investimento de sempre.
A recriação histórica passou a ser mais rigorosa, megalómana e aliada à espetacularidade, luz e cor. Na Viagem convive com artesãos, ferreiros, cavaleiros, dançarinos e músicos que representam cenas da vida quotidiana da época, todos vestidos a rigor.
O guarda-roupa é pesquisado e criado ao pormenor havendo várias pessoas pertencentes à Federação das Coletividades de Cultura e Recreio do Concelho da Feira que trabalham na secção do Guarda-Roupa Oficial durante todo o ano. É feita uma análise histórica da época, tenta perceber-se o que se pode reutilizar e são criados novos fatos. E o que acontece aos fatos que não vão ser mais utilizados?
“O que acontece é que, como este é o evento que tem mais fatos, mais roupa, há outras feiras que nos vêm alugar os fatos. Isso acaba por se tornar também uma forma de rendimento”, esclarece Tiago Gomes Santos, voluntário na Viagem Medieval.
Para além de todos os anos existir um novo reinado a ser explorado e desvendado, existem sempre novidades introduzidas na Viagem para gáudio dos visitantes que, cada vez mais, querem ser parte ativa e envolver-se na iniciativa. Este ano, e partindo do reinado de D. Dinis, “O Plantador de Naus”, foi criado o Estaleiro Naval, área em destaque no recinto onde, no decorrer dos vários reinados, será criada in loco uma nau dos Descobrimentos.
Até ao dia 7 de agosto tem à sua disposição um castelo para ser descoberto, campos medievais para serem percorridos, espetáculos de danças e músicas, gastronomia típica para provar ou pode ainda optar pelo refúgio único proporcionado pelos Banhos de São Jorge, uma área verde composta por um lago e grutas artificiais, na Quinta do Castelo, e experimentar aquilo que um dia foram os banhos públicos medievais.
Para não se perder na Viagem Medieval foi criada uma aplicação com toda a programação e espetáculos e áreas próximos de si, tudo visível num mapa ilustrado.
A pulseira, válida para todo o evento, tem o custo de 7 euros, os bilhetes diários variam entre os 3.50 euros e os 4 euros. As crianças que tenham até 1,30 metros de altura estão isentas de pagamento.