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“A Arte Chegou ao Colombo”, com a pintura de Vieira da Silva

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“A Arte Chegou ao Colombo”, com a pintura de Vieira da Silva
Vieira da Silva: 1953_La fête à Tanagra - ®DR

 

Maria Helena Vieira da Silva, notabilizou-se na pintura, mas o seu percurso também ficou associado a encomendas importantes de arte pública, a trabalhos de cenografia, tapeçaria, vitral e ilustração. A sua obra encontra-se exposta pelo mundo inteiro, tendo sido homenageada, em 2013, pela União Astronómica Internacional homenageou, que deu o seu nome a uma cratera em Mercúrio.

A exposição reúne 35 obras da artista, apresentadas de forma inédita numa experiência imersiva de digital & media art, concretizada num museu temporário instalado na praça central do Centro, de 26 de junho a 26 de agosto.

Centro Comercial Colombo
Vieira da Silva: 1952_Rideau de scène pour La Parodie d’Adamov – ®DR

No ano em que se comemora os 25 anos da abertura ao público, do Museu Fundação Árpad Szenes-Vieira da Silva o Centro Colombo apresenta “Maria Helena Vieira da Silva: Perspetiva, cor e forma. Exposição imersiva à obra da artista”, um projeto concebido de raiz, que concilia a arte no sentido mais clássico e convencional com o arrojo e disrupção digital. As obras de Vieira da Silva vão ser alvo de animações, efeitos imersivos e desconstruções que irão permitir aos visitantes uma aproximação à arte numa experiência única de cor, texturas e expressão.

Paulo Gomes, diretor do Centro Colombo, referiu na apresentação à comunicação social desta exposição que é muito gratificante poderem apresentar o trabalho de uma das artistas portuguesas com maior projeção internacional “Nós tentamos remover os obstáculos, a distância que existe entre as pessoas e a arte. Começamos há algum tempo com um enorme respeito pela dignidade que é exigida por estas obras de arte, socorremo-nos de especialistas na área e ao fazê-lo, de repente damos conta que estamos perante uma constelação de estrelas fantásticas a acompanhar esta artista, que felizmente eu já conhecia”.

O projeto digital está a cargo dos Óskar & Gaspar, um coletivo de profissionais portugueses de artes visuais e multimédia, especializado nas áreas de mapeamento de vídeo, projeção 3D e design de palco, premiados em Cannes e com projeção internacional, nomeadamente com um projeto no America’s Got Talent, que lhes deu muito reconhecimento.

Acerca das obras que vão fazer parte da exposição, Marina Bairrão Ruivo, diretora do museu explicou que ”Tentamos que fossem obras visualmente fortes a nível de cores, a nível de formas, de perspetivas do tratamento de espaço, que foi o grande contributo de Vieira da Silva e que resultassem para o que é suposto nós querermos fazer”, acrescentando que “sendo Vieira da Silva uma mulher multicultural, nascida em Portugal, mas que viveu em Paris, viveu no Brasil, casada com um húngaro, que se deu com todas as nacionalidades,  eu penso que essa faceta, se conjuga muito bem com esta sorte que nós tivemos do Rodrigo Leão também se ter associado a este trabalho” , isto porque a banda sonora que acompanhará a projeção das imagens, será da autoria do músico e compositor Rodrigo Leão.

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Vieira da Silva: 1947-1950_Broderie hongroise – ®DR

Para Guillaume Alatak  da Óskar & Gaspar, responsáveis pelo mapeamento de vídeo, projeção 3D e design de palco, o desafio ainda foi maior, primeiro pelo local onde se vai realizar o evento e depois porque é deveras interessante dar a conhecer a obra de Vieira da Silva que provavelmente poucos jovens conhecem, conforme referiu “ Nós queremos realmente contribuir, para daqui a alguns meses, uma percentagem muito maior dos jovens de 14  15 anos, saberem quem é a Vieira da Silva e nós sentimos realmente esse orgulho, essa satisfação de podemos fazer parte  deste processo”, mencionando ainda o receio que tiveram que “a escolha recaísse sobre alguns artistas, digamos mais conhecidos em termos globais, mas foi muito bem sabermos que tínhamos sido escolhidos”.

A iniciativa «A Arte chegou ao Colombo» foi lançada em 2011 e contou, no primeiro ano de arranque, com a parceria do Museu Coleção Berardo na exposição dos trabalhos de quatro artistas nacionais – Joana Vasconcelos, Miguel Palma, Susana Anágua e Isaque Pinheiro. Seguiram-se depois o MNAA – Museu Nacional de Arte Antiga (2012), a Exposição Andy Warhol – Icons (2013), a instalação interativa The Pool da artista norte-americana Jen Lewin (2014), a A Divina Comédia de Salvador Dalí (2015) e a exposição Terry O’Neill – Faces of the Stars. Em 2017, a iniciativa recebeu O Mundo Fantástico de Paula Rego, um verdadeiro sucesso com 224.500 visitantes em três meses e no ano passado foi a vez de Roy Lichtenstein e a Pop Art.