“O Pablo Carreño-Busta sempre teve uma ligação muito próxima com a organização e com o próprio torneio, sendo o tenista com melhores resultados na ainda curta história do Millennium Estoril Open. Acho que todos aqueles que presenciaram o momento do seu triunfo em 2017 perceberam o quanto significou para ele a conquista do título no Clube de Ténis do Estoril, depois de ter atingido as meias-finais em 2015 e perdido numa equilibrada final em 2016”, recorda João Zilhão. “Devido a lesões recentes, tinha planificado uma temporada de terra batida diferente e não se inscreveu na data limite – mas repensou a sua programação e solicitou um wild card. Não podíamos ser insensíveis ao seu apelo. Ele sempre foi de uma entrega total e a sua qualidade é inquestionável”.
Numa mensagem enviada à organização, o tenista de Gijón refere que, “para mim, jogar no Millennium Estoril Open é sempre um prazer e sempre me senti acarinhado tanto pela organização como pelo público. Tem sido um torneio muito importante na minha carreira, foi em Portugal que consegui o meu primeiro título ATP em terra batida e sempre consegui bons resultados. Quero agradecer à organização pelo wild card e por me dar a oportunidade de jogar depois de ter estado lesionado durante mais de dois meses. Espero exibir-me de novo ao meu melhor nível e apreciar a beleza de Cascais e do Estoril”.
O MELHOR TENISTA NA HISTÓRIA DA COMPETIÇÃO
O Millennium Estoril Open tem sido um talismã para Pablo Carreño-Busta, que sempre apresentou resultados de qualidade no Clube de Ténis do Estoril – tendo sido semifinalista na edição inaugural em 2015 e no ano passado, finalista em 2016 e campeão em 2017. O seu triunfo em 2017 catapultou-o mesmo para a melhor época de sempre, estreando-se um mês depois nos quartos-de-final de um torneio do Grand Slam, em Roland Garros, e melhorando esse registo em setembro, com o acesso às meias-finais do US Open. Encerrou a temporada com passagem pelo top 10 e a participação na cimeira de encerramento de época que reuniu a fina-flor do circuito profissional masculino em Londres (Nitto ATP Finals).
As suas façanhas não se resumem aos singulares, tendo no seu currículo três títulos em seis finais ATP. Também na variante de pares já conquistou três títulos (um deles ao lado do campeoníssimo Rafael Nadal) e foi ainda cinco vezes finalista, com destaque para o US Open de 2016, ao lado de Guillermo Garcia-Lopez, e para oMasters 1000 de Roma, em 2018, com João Sousa, ajudando o vimaranense a estabelecer mais um feito histórico para o ténis português.
Este ano, começou a época com uma presença nos quartos-de-final de Auckland (teve match point para chegar às meias-finais) e no Open da Austrália sucumbiu num dramático duelo dos oitavos-de-final face a Kei Nishikori, no qual esteve a liderar por dois sets a zero e depois por 8/5 no match tie-break da quinta partida, antes de perder a concentração na sequência de uma polémica de arbitragem. Retomou o contacto com o circuito na gira sul-americana, mas desistiu na segunda ronda do torneio de Cordoba com problemas no ombro. O seu regresso ao circuito e à terra batida está previsto para o Rolex Monte Carlo Masters na próxima semana.