Nascido no Rio de Janeiro em 1985, a primeira vez que o Rock in Rio saiu do Brasil foi em 2004 com a edição de estreia em Portugal.
O sucesso foi tão grande, que apesar de já ter acontecido em Espanha e nos Estados Unidos, foi em Portugal que criou as suas segundas raízes, com a Cidade do Rock a ser montada já por oito vezes no Parque da Bela Vista, em Lisboa.
A celebração dos 15 anos começou ontem (06) nos jardins da Torre de Belém, com entrada gratuita e um espetáculo diferente por dia. O palco em forma de guitarra – marca do Rock in Rio – montado sobre a água, frente à Torre de Belém, irá receber os três espetáculos nos três dias de celebração.
Ontem, primeiro dia de festa, foi melhor dizendo, a noite eleita para recordar a história de 15 anos do Rock in Rio em Lisboa, que teve inicio com a Symphonic 15, orquestra dirigida pelo maestro Rui Massena composta por 60 músicos, que interpretaram alguns dos maiores sucessos musicais dos 860 artistas e bandas que passaram pelo Parque da Bela Vista, ao longo das oito edições do Rock in Rio Lisboa.
Supremacy e Prelude, dos Muse, Bohemian Rhapsody dos Queen, Satisfaction dos Rolling Stones, Mulheres de Martinho da Vila, ou Wake Me Up de Avicii, para além de canções dos portugueses Xutos & Pontapés e de Agir, que também subiu ao palco para cantar ‘Como ela é bela’, foram alguns dos 15 temas interpretados magistralmente pela orquestra Symphonic 15.
Do clássico, à eletrónica, o desafio foi quebrar o conceito de orquestra tradicional e tocar temas familiares a todo o público. A lista de canções foi selecionada pela orquestra juntamente com a direção do evento e posteriormente adaptada a novas abordagens. O desafio era conseguir fazer o publico reconhecer cada música, sem que fosse necessário haver cantores a interpretá-las. E o desafio foi superado, porque muitas vozes se elevaram para colocar a letra nos acordes da orquestra.
Mas este concerto inédito, criado especialmente por Rui Massena para esta ocasião, foi ainda animado, em simultâneo, com projeções de video mapping, na fachada da Torre de Belém e de fogo-de-artifício no Tejo. Enquanto o video mapping, mostrava imagens das edições do Rock in Rio, o fogo de artificio acompanhava os pontos altos das músicas, iluminando o céu de uma noite fantástica.
Habituados, que já estamos às grandes produções do Rock in Rio e aos fabulosos espetáculos de Rui Massena, este foi sem dúvida um dos maiores e mais grandiosos espetáculos a que Lisboa já assistiu.
Um espetáculo que certamente não se irá apagar da memória de todos os que tiveram o privilégio de a ele assistir.