Um espetáculo, ligeiramente diferente do que estamos habituados a assistir. O publico, um pouco expectante foi-se soltando á medida que os sons e o “baile flamenco” iam invadindo o Lounge D.
Montón mostrou uma visão inteligente do flamenco, em que combina ritmos e sonoridades requintadas e até doces da guitarra flamenca. A sua música, sempre cheia de cores, transborda emoção, beleza e conhecimento da alma humana, destacando-se entre os artistas que, com maior intensidade, têm partilhado de uma forma pessoal experiências com diversas culturas musicais.
Mariano Cruceta, com mais de 17 anos de carreira profissional, tão intensa quanto eclética, foi primeiro bailarino em várias companhias nacionais como a companhia de Elvira Andrés (ex-diretora do Ballet Nacional de Espanha). Dirige a sua companhia – Cruceta Flamenco, da qual é diretor, produtor artístico, coreógrafo e intérprete.
Esta dupla de artistas que se complementam em palco de forma exímia foram acompanhados por Gloria Solera, na flauta e na voz e Eduardo Pineda, no “cajon”.
E se o espetáculo começou algo morno, o final foi estrondoso. Jose Luis Montón e Mariano Cruceta, para além de Glória Solera e Euardo Pineda, souberam transmitir ritmo, alegria, num crescendo que terminou com o Lounge D de pé a aplaudir e a pedir mais.
O Festival Flamenco do Casino Estoril termina no próximo dia 25 de setembro com Felipe Mato e uma artista convidada, ainda não revelada.