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Filha de Ferreira de Castro doa acervo documental do escritor

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Filha de Ferreira de Castro doa acervo documental do escritor
Filha de Ferreira de Castro doa acervo documental do escritor - ®DR

 

De entre o conjunto agora doado encontram-se os manuscritos de “A Selva” e de “A Lã e a Neve” – dois dos mais emblemáticos romances portugueses do século XX – textos manuscritos e dactilografados, um estudo original de Cândido Portinari para a edição ilustrada de “A Selva”, cerca de três centenas de cartas, entre duplicados do próprio Ferreira de Castro, correspondência com editores estrangeiros, e também cartas inéditas de Aquilino Ribeiro, Jorge Amado, Ramon Gómez de la Serna, Stefan Zweig, entre outros.

O acervo será agora tratado e inventariado, e integrará o restante espólio documental do Museu Ferreira de Castro.

O Museu Ferreira de Castro abriu as suas portas em 1982. Por ordem cronológica, é tratado o percurso vivencial do escritor, podendo ser apreciadas edições raras, manuscritos, objetos pessoais e ilustrações originais para as suas obras, entre outros objetos.

O Gabinete de Trabalho do escritor foi reconstituído de acordo com o que existia na sua casa de Lisboa. Para além dos objetos pessoais e de escrita, destacam-se os retratos da autoria de Eduardo Malta, Roberto Nobre e Stuart Carvalhais. O museu exibe ainda telas e desenhos de Bernardo Marques, Cândido Portinari, Elena Muriel, Jorge Barradas e Júlio Pomar e escultura de António Duarte, Anjos Teixeira e Júlio de Sousa.

O espólio documental de Ferreira de Castro é constituído por mais de 20 mil documentos de epistolografia, periódicos, manuscritos, fotografias, estando acessível a investigadores.

Ferreira de Castro foi um dos escritores portugueses mais traduzidos. “A Selva”, o seu mais conhecido romance, foi publicado em diversos países, assim como outras magníficas obras como “Emigrantes”, “Eternidade”, “Terra Fria” (Prémio Ricardo Malheiros), “A Lã e a Neve”, “A Curva da Estrada”, “A Missão” ou “O Instinto Supremo”.

Nascido numa aldeia do concelho de Oliveira de Azeméis, escreveu grande parte da sua obra em Sintra, lugar onde se encontra sepultado, na Serra, numa vereda que conduz ao Castelo dos Mouros.

 

 

 

 

Fonte: CMS