Jornalistas e operadores de imagem amontoados, sem qualquer tipo de proteção. Um Presidente de junta, sem mascara e que até dá ‘toques’ no ombro dos presentes ou se abraça a pessoas, foram as imagens hoje difundidas pela RTP. A peça recolhia as declarações à comunicação social de Afonso Clara, presidente da junta de freguesia de Atouguia da Baleia, na sequência da descoberta do corpo da jovem Valentina presumivelmente morta por seu pai e companheira.
Sabemos a tensão e adrenalina que momentos, como aquele a que nos referimos, geram nos profissionais da comunicação social. Alcançar a melhor posição, estar mais perto, ser os primeiros, são fatores que poderiam justificar o acontecido. Só que estamos em plena Pandemia e a função dos jornalistas vai muito para além do ‘querer informar’. Aos profissionais compete também serem um exemplo na prevenção a este inimigo invisível com que coabitamos.
Poderá ver aqui a reportagem difundida pela RTP e que é objeto deste artigo.
Sobre o caso de Valentina
Valentina, uma criança de nove anos, desapareceu na passada quinta-feira, de casa de seu pai em Atouguia da Baleia em Peniche.
As primeiras informações davam conta de que a menina era sonâmbula e que o pai teria dado pela sua ausência pela manhã. Valentina, que vivia com a mãe no Bombarral, encontrava-se em casa do pai onde passava algumas temporadas.
Apesar dos vários meios empenhados na busca da jovem, terá sido o interrogatório efetuado pela Polícia Judiciária ao pai da criança , na passada noite, que permitiu a descoberta do corpo.
Pai e madrasta da menina foram detidos. Segundo Fernando Jordão, coordenador da PJ “estão fortemente indiciados dos crimes de homicídio e ocultação de cadáver, entre outros”.