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Fome e Pandemia: Novo Laboratório Colaborativo para a Bioeconomia Azul (CoLAB B2E) esclarece mitos em torno da aquacultura

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Fome e Pandemia: Novo Laboratório Colaborativo para a Bioeconomia Azul (CoLAB B2E) esclarece mitos em torno da aquacultura
Fome e Pandemia: Novo Laboratório Colaborativo para a Bioeconomia Azul (CoLAB B2E) esclarece mitos em torno da aquacultura - ®DR

A aquacultura gera produtos de qualidade e deve ser parte de uma estratégia integrada de desenvolvimento económico, nomeadamente contra a fome e a conjuntura criada pela Covid-19, defende o Laboratório Colaborativo para a Bioeconomia Azul (CoLAB B2E), um dos 26 laboratórios colaborativos nacionais criados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e acompanhados pela Agência Nacional para a Inovação.

“Com a crescente população mundial, que se espera atingir 9,7 biliões em 2050, e a sua necessidade de proteína, a aquacultura é uma resposta no combate à fome e à conjuntura económica criada pela Covid-19. Este setor gera novos empregos, promovendo a sustentabilidade ao reduzir a pressão sobre as pescas, e inova constantemente, criando novos produtos de fácil acesso, preço, qualidade, frescura e segurança alimentar”, explica a Coordenadora Técnico-Científica do CoLAB B2E Elisabete Matos.

A aquacultura fornece metade de todo o peixe consumido globalmente e estima-se que em 2030 seja a principal fonte de pescado. Estas afirmações são suportadas pelo recente Relatório de Estado da Pesca e Aquacultura , (The State of World Fisheries and Aquacultureda Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), bem como por especialistas e estudos científicos.

 

Mitos da Aquacultura propagados nas redes sociais e documentários

Apesar das inúmeras vantagens da aquacultura, estas ainda são desconhecidas dos consumidores. “A nível de segurança alimentar não há comparação possível com os produtos da UE, que sempre primou pelas decisões tomadas em prol da saúde humana, bem-estar animal e padrões elevados de qualidade dos produtos colocados no mercado”, assegura Elisabete Matos, acrescentando que “do mesmo modo, a agroindústria europeia não só cumpre com os regulamentos impostos, mas até, muitas vezes, vai além dos mesmos, de forma a garantir que os alimentos que nos chegam ao prato são, de facto, de qualidade superior”.

A responsável lamenta que, no entanto, esta mensagem “quase nunca chegue ao consumidor”. “A verdade é que vivemos num mundo em que a informação é global, mas a legislação é local”, sentencia. “Com que frequência vemos (nas redes sociais, em documentários) informações preocupantes e falsas no contexto europeu, acerca da nossa indústria? Podemos dar o exemplo da utilização de hormonas e antibióticos como promotores de crescimento na produção animal, prática ainda comum em alguns países, mas proibida na União Europeia há duas décadas. No entanto, a maioria dos consumidores não tem conhecimento de tal e, quando confrontada com este tipo de informação negativa, perde a confiança no setor que a alimenta. Também aqui, na literacia da população, os CoLABs têm um papel importante a desempenhar”, aponta Elisabete Matos.

 

“Inspirado pelo Oceano, Impulsionado pelo Mercado e Alimentado pelo Conhecimento” – Enquadramento do CoLAB B2E

“Inspirado pelo Oceano, Impulsionado pelo Mercado e Alimentado pelo Conhecimento” é o lema do projeto que nasceu no CIIMAR e que conta com mais 12 associados, desde empresas de produção e distribuição, a instituições de ensino, investigação, laboratórios associados e centros de interface tecnológica [ver parceiros em baixo].

Dados do governo revelam que a aposta na bioeconomia azul contribuiu mais de 4% em 2019 para a economia nacional, tendo este contributo sido de 2,6% em 2016. O CoLAB B2E foi criado com o objetivo de “aumentar o valor económico e social de produtos e serviços, baseados em produtos biológicos novos e existentes, incluindo processos de internacionalização da capacidade científica e tecnológica nacional, de forma a apoiar os setores do crescimento azul com maior potencial: a biotecnologia e a aquacultura, e a contribuir para os novos usos e valorização dos recursos naturais vivos marinhos”, refere Elisabete Matos.

O B2E pretende, assim, gerar pontes através da transferência de tecnologia, com o fluxo de ideias criativas da investigação para ambientes industriais e sociais, indo além do contexto empreendedor académico restrito.

 

Sobre o Laboratório Colaborativo para a Bioeconomia Azul (CoLAB B2E)

O Laboratório Colaborativo para a Bioeconomia Azul (CoLAB B2E), com sede no UPTEC Mar, em Matosinhos, é uma associação sem fins lucrativos que tem como objetivo promover a bioeconomia azul, estimular a criação de emprego qualificado gerador de valor económico e social em Portugal, nos setores da biotecnologia e aquacultura, e contribuir para novos usos e valorização dos recursos naturais. Constituiu-se como associação a 14 de fevereiro de 2019 e tem como associados os grandes atores do setor, desde empresas de produção e distribuição, a instituições de ensino, investigação, laboratórios associados e centros de interface tecnológica. No leque de fundadores estão incluídos:

 

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