O CITEVE alerta para “um conjunto de problemas” detetados nas máscaras FFP2, após a Alemanha, a Áustria e a França terem tornado obrigatório o uso deste tipo de máscara em transportes públicos e estabelecimentos comerciais. Já o Governo britânico resiste a alargar o uso de máscaras FFP2 a esses locais.
Após as diretivas destes três países, o Diretor-geral do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE) afirmou, esta terça-feira, que as máscaras FFP2 “são muito boas” ao nível da filtração, mas comportam “um conjunto de problemas”, designadamente no campo da respirabilidade.
“As máscaras FFP2 são muito boas no que diz respeito à filtração, mas têm um conjunto de outros problemas. Têm problemas no campo da respirabilidade, podem ter problemas no campo da acumulação de CO2”. Braz Costa, Diretor-geral do CITEVE, acrescentou ainda que “há soluções têxteis” que podem aumentar o nível de proteção das máscaras sociais, e que o CITEVE, entidade certificadora de máscaras, já está a trabalhar nesse sentido.
De acordo com, Braz Costa, a maior parte das máscaras FFP2 usadas em Portugal são importadas, tendo o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal já detetado “problemas graves”. Assim, e agora que alguns países estão a impor a obrigatoriedade de uso de máscaras FFP2, o Diretor-geral do CITEVE pede “sensatez” às autoridades de saúde portuguesas, sublinhando que há soluções têxteis para conferir às máscaras sociais um maior nível de proteção.
Para o diretor-geral do CITEVE, os países que estão a equacionar o uso obrigatório das FFP2 “foram relativamente descuidados” em relação à regulamentação e ao controlo de qualidade das máscaras comunitárias, tomando agora a decisão mais fácil, que é imporem o uso da máscara FFP2, à população.