A conta oficial do Ano Santo Jacobeu 2021/2022 no Instagram, administrada pelo governo regional da Galiza, destacou por duas vezes nos últimos dias o Caminho da Geira e dos Arrieiros, que liga Braga a Santiago de Compostela na distância de 240 quilómetros.
“Situada sobre o rio Ulla, no limite das províncias de A Corunha e Pontevedra e de dois municípios jacobeus, Teo e A estrada, a ponte de Pontevea é outro desses lugares em que o património e a história andam de mãos dadas. Já a atravessaste?”, perguntam os administradores da página, primeiro em galego e, dias mais tarde, em inglês.
As duas publicações que referem a ponte de Pontevea, um ícone do Caminho da Geira e dos Arrieiros, classificado como Bem de Interesse Cultural, está situado na última etapa do itinerário (Km 17) e já mereceram mais de 1.300 gostos. O texto em galego foi publicado no dia 30 de janeiro e em inglês no dia 6 de fevereiro.
O Caminho da Geira e dos Arrieiros foi apresentado em 2017 em Ribadavia (Galiza) e em Braga, reconhecido pela Igreja em 2019 e reconhecido pela associação de municípios transfronteiriços Eixo Atlântico em 2020, sendo um itinerário oficial da Peregrinação Europeia de Jovens do Ano Santo Jacobeu 2021/22.
Este percurso é investigado e promovido por associações e coletividades privadas e destaca-se por ser um dos cinco caminhos que ligam diretamente à Catedral de Santiago de Compostela e incluir patrimónios únicos no mundo: a Geira Romana e a Reserva da Biosfera do Gerês/Xurés.
“Este caminho possui um património muito importante em relação à passagem de peregrinos, ao comércio do vinho, às termas, ao património construído e cultural, à riqueza natural, todos em respeito pela filosofia do peregrino que busca descobrir o mundo rural, o respeito pela natureza, o meio ambiente e a sustentabilidade”, sublinha o presidente da Associação do Caminho Jacobeu Minhoto Ribeiro e da Plataforma Berán no Caminho, Abdón Fernández.
Já o presidente da Associação Codeseda Viva, Carlos de Barreira, outra entidade que promove o traçado, refere que “nota-se um grande interesse dos peregrinos que agora estão a planear percorrer caminhos menos procurados e o nosso itinerário encaixa perfeitamente neste requisito e nos próximos meses terá uma aceitação muito positiva”. Para Carlos Barreira o desafio seguinte é conseguir que este traçado seja oficializado pelos governos português e galego e “se invista no melhoramento das suas infraestruturas de apoio aos peregrinos e sinalização”.
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