Vera Nunes conquistou o título de Vice-Campeã do Mundo da Wings for Life World Run 2021, uma iniciativa solidária que visa angariar fundos para uma causa nobre: encontrar a cura para as lesões na espinal medula.
A oitava edição da Wings for Life World Run superou todas as expectativas, com um novo recorde de inscritos a reforçar o estatuto da maior corrida global do planeta: ao todo foram 184 236 participantes individuais e mais de 7300 equipas. A representatividade é tanto maior quando olhamos para os 195 países representados nesta grande ação solidária para apoiar a missão da Fundação Wings for Life – encontrar a cura para as lesões na espinal medula.
Em Portugal continental o cronómetro da corrida arrancou precisamente às 12 horas, com corredores distribuídos por todo o país – ilhas incluídas – ligados a todo o planeta através da APP Wings for Life World Run. No final, o título global masculino foi pela terceira vez para o sueco Aron Anderson, com um total de 66,8 quilómetros percorridos. Já em femininos, foi a russa Nina Zarina – a correr em solo norte-americano – que conseguiu resistir mais tempo. Correu precisamente 60,1 quilómetros e conquistou assim o seu terceiro título mundial.
Entre os portugueses, destaque para a prestação de Vera Nunes – a Campeã Mundial de 2018 – foi desta vez a segunda mais rápida do ranking global. Correu a partir do Montijo em direção a Vendas Novas um total de 48,5 quilómetros, o que lhe permitiu a conquista do título de Vice-Campeã do Mundo da Wings for Life World Run 2021. “Estou muito contente em relação ao resultado, pois apesar das dores que tenho sentido nas últimas semanas acabei por correr muito motivada. Para isso foi essencial o apoio do meu grupo e do meu treinador, o António Sousa. Uns foram ao meu lado, outros de bicicleta e outros seguiram-me de carro, tudo para me apoiar”, contou no final.
Esta corrida marca a diferença com um conceito original onde não existem distâncias fixas, cada um corre de acordo com as suas capacidades à frente de um carro-meta que começa a andar 30 minutos depois da partida. Esta perseguição começa a baixa intensidade – 15 km/hora – e vai aumentando a cada hora que passa, até que tenha sido alcançado o último participante do planeta. Muito além do desporto, o foco desta iniciativa é angariar fundos para a investigação científica, tendo como meta a cura das lesões na espinal medula. Apenas nesta edição foi possível somar 4,1 milhões de euros, sendo o acumulado desde 2014 de 33,3 milhões de euros. Portugal faz parte deste mapa e tem neste momento dois projetos de investigação a decorrer, com o apoio financeiro da Fundação Wings for Life.
A Wings for Life World Run regressa em 2022, com encontro marcado para o dia 8 de maio.
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