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“Alto Mondego Rede Cultural” uma aposta na Cultura itinerante e inclusiva

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“Alto Mondego Rede Cultural” uma aposta na Cultura itinerante e inclusiva
“Alto Mondego Rede Cultural” uma aposta na Cultura itinerante e inclusiva - ®DR

“Alto Mondego Rede Cultural”, uma iniciativa de quatro Municípios, aposta na Cultura itinerante nomeadamente das criações artísticas em espaços e equipamentos de elevado valor patrimonial. Ao todo serão 24 espetáculos de várias artes performativas e 8 murais de arte urbana que irão, até setembro de 2022, percorrer vários espaços emblemáticos dos municípios de Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde e Nelas. Dada a atual situação epidemiológica, as performances decorrerão, maioritariamente, em espaços ao ar livre com reconhecido valor histórico-patrimonial e cultural.

Quer seja numa ponte romana, junto a um monumento megalítico, num anfiteatro natural, num balneário de umas termas seculares ou num castelo, o projeto “Alto Mondego Rede Cultural” aposta na cultura itinerante que contará com uma programação diversificada e que visa essencialmente dinamizar os territórios com eventos culturais criados por associações culturais locais, com o intuito de impulsionar a economia local, mas também de promover as artes e as criações artísticas no território, projetar a sua imagem e a região e ainda exponenciar novos fluxos turísticos.

SESSÕES DE CAPACITAÇÃO “ALTO MONDEGO REDE CULTURAL”

No âmbito deste projeto é importante destacar o trabalho desenvolvido pelas associações locais que, após uma primeira fase de capacitação, irão desenvolver os espetáculos a apresentar no território, de forma itinerante. O envolvimento das associações locais apresenta vários benefícios, isto é, atende às necessidades dos agentes culturais locais, que infelizmente viram as suas atividades canceladas devido à pandemia, e gerem dinâmicas para que se criem raízes futuras. 

As sessões de capacitação serão desenvolvidas com as associações culturais dos 4 Municípios através da cooperação entre estas e capacitadores nas áreas do slackline, da arte urbana, da música e da dança. É importante realçar que esta é uma oportunidade para as associações culturais envolvidas, apresentarem os seus trabalhos a outros públicos e até criarem ligações e parcerias com outras associações culturais, de forma a contribuir para a valorização da autenticidade dos produtos culturais e patrimoniais endógenos.

Capacitação – Slackline e Arte Urbana

As sessões de capacitação de slackline (corda bamba) e arte urbana decorrerão entre junho e agosto deste ano.  O slackline é um desporto que consiste na prática de equilíbrio sobre uma linha dinâmica, esticada entre dois pontos fixos. O praticante pode caminhar sobre ela ou fazer manobras e truques, dinâmicos ou estáticos.  As sessões de slackline serão orientadas pelo atleta profissional Rui Mimoso, campeão nacional. Dos mais experientes slacklinersportugueses, conta com dezenas de competições internacionais e cerca de uma centena de shows e workshops, não só em Portugal, como por todo o mundo. 

O principal objetivo desta capacitação é dar conhecimentos técnicos para a prática da modalidade como ferramenta artística. Capacitar os participantes com um know-how que lhes permita montar, usar e praticar slackline com todos os equipamentos de forma segura e variada. “Em relação ao rendimento desportivo dos participantes, espero que consigam no final da capacitação terem as capacidades básicas da modalidade, caminhar e aguentarem posições estáticas em equilíbrio sobre a fita de slackline” afirma o capacitador Rui Mimoso.

Sobre slacklinehttps://allaboutslackline.pt/o-que-e-slackline/

Perfil Rui Mimoso: https://allaboutslackline.pt/comunidade/rui-mimoso-2/

Capacitação – Arte Urbana

Em simultâneo, decorre a capacitação na área da arte urbana, onde serão criados 4 murais, um em cada Município, resultado do trabalho entre as associações, a comunidade e o artista plástico Desy. Será desenvolvido um workshop de arte urbana, com revisitação da História da Arte Urbana pelo mundo, técnicas, estilos e conceitos sobre a “arte do século XXI”. O resultado desta capacitação será a representação através do graffiti da história do Alto Mondego’ Rede Cultural. Serão criados 4 murais que representam a identidade da Rede, dividida em 4 “atos”. O principal objetivo, é que os visitantes necessitem de visitar os 4 territórios parceiros, para entenderem a história desta Rede.

Capacitação – Música

As sessões de capacitação na área da música acontecem em 2022, entre os meses de janeiro e maio. Desta vez, entram em cena Bitocas e Artur Fernandes, que juntamente com as associações locais, irão apresentar 8 espetáculos pelo território do Alto Mondego’ Rede Cultural. Nestes espetáculos participarão diversificadas formações instrumentais e/ou corais, de acordo com as tradições e realidades locais. 

Dar-se-á ênfase à criação a partir do espólio tradicional do território, à conceção de eventos artísticos sem interações prévias, performance orientada para novos conceitos, direção artística, gestão de recursos humanos e dinâmicas de ensaio.

Numa perspetiva ambiental os aspetos relacionados com a planificação e maquetagem, cenografia ou figurinos e gestão de recursos técnicos terão o cuidado de reutilizar materiais disponíveis.

Capacitação – Dança

O Projeto encerra com a capacitação na área da dança, entre maio e setembro de 2022. Marta Silva irá trabalhar juntamente com as associações locais nos variados temas que abrangem a dança (movimento, corpo) e que resulta em 8 espetáculos artísticos itinerantes.

Esta capacitação visa o desenvolvimento e qualificação artística das organizações culturais locais, a partilha e construção de conhecimentos e de novas técnicas artísticas no desenvolvimento do processo criativo, tendo como pano de fundo a relação entre as artes performativas e o património humano e físico do contexto local. Incentivar e consolidar o trabalho em rede e interseccional, potenciando o papel fundamental da cultura nos processos de desenvolvimento e participação comunitária e coesão social.

O projeto “Alto Mondego Rede Cultural”, de aposta na Cultura itinerante, é cofinanciado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

aNOTÍCIA.pt