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Escanção portuguesa, Alvarinho e sub-região de Monção e Melgaço em destaque no Chipre

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Escanção portuguesa, Alvarinho e sub-região de Monção e Melgaço em destaque no Chipre
Escanção portuguesa, Alvarinho e sub-região de Monção e Melgaço em destaque no Chipre - ®DR

A escanção portuguesa marcou presença na semana, que hoje termina, do 14º Melhor Sommelier da ASI da Europa e África 2021 promovida pela Associação Internacional de Sommeliers (ASI), que teve este ano lugar no Chipre, para distinguir o melhor escanção de entre os vários países a concurso.

Através de uma masterclass subordinada ao tema “Alvarinho e Território”, o Soalheiro deu a conhecer e a provar a sua casta rainha e a sub-região de Monção e Melgaço neste evento internacional.

Para Luís Cerdeira, gestor e enólogo do Soalheiro – a primeira marca de Alvarinho de Melgaço – “a nossa presença aqui mostrou-nos que, apesar de haver já um forte conhecimento cultural dos vinhos portugueses, há ainda muito para partilhar. Sendo que este é um evento que concentra uma seleção privilegiada de sommeliers internacionais, o nosso foco passou por valorizar a casta Alvarinho, a sub-região e as particularidades do nosso território”.

Sobre a perceção do Alvarinho e o seu lugar na gastronomia mundial, Luís Cerdeira afirma que “esta casta é uma lufada de ar fresco por ser pouco generalizada, ao contrário de muitas outras. É necessário continuarmos a trabalhar mais o seu perfil diferenciador e, no Soalheiro, temos procurado fazê-lo com muito foco na consistência dos seus estilos. Tivemos, aqui, uma boa oportunidade de o mostrar e de dar a provar a sua elasticidade e a sua versatilidade através do Alvarinho do vale, da montanha, de uvas biológicas… e esta é uma mensagem que queremos cada vez mais vincar”.

O Soalheiro está presente em restaurantes de todo o mundo, em 40 mercados distintos, onde o Chipre não é exceção. “Muitos dos sommeliers em concurso são provenientes de muitas geografias onde nós também estamos e eles próprios acabam por ser embaixadores muito importantes de Portugal, do Alvarinho e do Soalheiro”, acrescenta Luís Cerdeira.

Vinhos portugueses com prestígio crescente no panorama internacional

Frederico Falcão, o Presidente da Viniportugal, a associação que tem a seu cargo a promoção internacional dos vinhos portugueses, assinalou também a sua presença no evento. Salientando a vontade de Portugal afirmar os seus vinhos pelo mundo, reconheceu à restauração e aos escanções um papel fundamental no impulso à sua notoriedade e ao seu posicionamento global favorável e de excelência.

Para Frederico Falcão, “o facto de Portugal marcar presença aqui, no Chipre, com vinhos de grande qualidade e uma excelente sommelier, a Carine Patrício, com um conhecimento realmente distinto, ajuda-nos a posicionar-nos num segmento mais alto, que é onde queremos estar”.

Questionado sobre a sua perceção relativamente à ideia com que os visitantes ficaram sobre os vinhos portugueses, refere que, hoje em dia, os conhecedores de vinho olham para o país de uma forma diferente, pois “se antes o faziam com verdadeiro sentido de desconhecimento, hoje em dia olham para nós com muita curiosidade, respeitam o trabalho que fazemos e veem nos nossos vinhos uma grande qualidade e diversidade, com variedade de castas e terroir. Sem dúvida que temos cada vez mais prestígio junto dos conhecedores do vinho mundial”.

Carine Patrício de olhos postos no mundial

A concorrer por Portugal, marcou presença a primeira mulher a representar o país, Carine Patrício – a atual sommelier da alemã Joh Jos Prüm, um dos mais influentes produtores de vinho da região de Mosel -, vencedora do concurso nacional, que participará também no concurso mundial de 2023, em França.

Para a escanção portuguesa, a presença do país neste concurso foi um grande motivo de orgulho, tal como é “a presença de vinhos em cada vez mais cartas de restaurantes com estrela Michelin em todo o mundo”. Já com olhos postos na competição mundial, Carine Patrício assegura guardar memórias e aprendizados bastante positivos que lhe servirão de motivação para a presença no mundial. “Este foi um treino e um abre olhos importante que, por ser a primeira vez num concurso internacional, foi especialmente difícil, mas agora tenho 15 meses para me preparar e para dar tudo para o mundial“, explica.

Paralelamente ao balanço da sua participação e das suas perspetivas, a escanção portuguesa destaca ainda um dos grandes projetos em curso da Associação de Escanções de Portugal, presidida por José Santanita: o de levar a Portugal o campeonato mundial de sommeliers de 2026, também organizado pela ASI.

aNOTÍCIA.pt