Maria Correia Halpern Diniz, Capitão-de-Mar-e-Guerra da classe de Médicos, é a primeira militar da Marinha a ascender a oficial general ao ser promovida ao posto de Comodoro. A homologação da promoção foi hoje publicada em Diário da República.
No ano em que a Marinha assinala os 30 anos da entrada das primeiras mulheres como militares, este é mais um marco na história de sucesso que representa a integração das mulheres na Armada.
A militar da Marinha agora promovida promovida a oficial general, a médica naval Maria Correia Halpern Diniz, tomará posse como Diretora de Saúde da Marinha durante a próxima semana.
A Comodoro Maria Correia Halpern Diniz é natural de Lisboa, onde nasceu em 12 de dezembro de 1963. Ingressou na Marinha em 1997, tendo desde então desempenhado diversos cargos, dos quais se destacam Diretora do Centro de Medicinal Naval e Diretora da Unidade de Tratamento Intensivo de Toxicodependências e Alcoolismo – UTITA.
Sobre:
Atualmente, na Marinha de Guerra Portuguesa, o posto de Comodoro é uma patente permanente de oficial general (OF 6).
O atual posto de comodoro corresponde, aproximadamente, às antigas patentes de chefe de divisão e de coronel do Mar. O posto de coronel do mar foi introduzido, na Marinha Portuguesa, no século XVIII, como correspondente naval do posto de brigadeiro do Exército. Em 1789, o posto passou a denominar-se “chefe de divisão”, sendo, imediatamente, inferior ao de chefe de esquadra e superior ao de capitão de mar e guerra. Em 1892, o posto foi extinto.
Em 1929, foi introduzida a designação “comodoro”, que seria atribuída aos capitães de mar e guerra que exercessem o comando em chefe de uma força naval. A designação era, portanto, apenas um título honorífico, não sendo uma patente. As funções dos oficiais designados “comodoros” eram semelhantes às dos antigos chefes de divisão.
Em 1953, foi introduzida a patente de comodoro, agora como primeiro posto permanente de oficial general. O novo posto não correspondia à antiga patente de chefe de divisão, mas sim à de chefe de esquadra.
Em 1977, o sistema de designação das patentes da Marinha foi reformulado, alterando-se as designações dos postos. O posto de comodoro passou a ser designado “contra-almirante” (por sua vez, o posto de contra-almirante passou a designar-se “vice-almirante”). Neste sistema deixou de existir a designação “comodoro”.
Em 1999 o posto de comodoro foi, novamente, introduzido, com caraterísticas semelhantes às dos antigos chefes de divisão, para o desempenho de cargos internacionais no País e no estrangeiro, ou no País em forças de segurança, a que tinham acesso, apenas por graduação, os capitães-de-mar-e-guerra e coronéis habilitados com o curso de promoção a oficial general.
Em 2015, decorrente do modelo de reorganização da estrutura superior das Forças Armadas e face à necessidade de racionalização de efetivos , foi criado o posto de comodoro ou brigadeiro-general, que se traduz na extinção orgânica de cargos inerentes ao posto de contra-almirante e major-general, tal como decorre das leis orgânicas do Estado-Maior-General das Forças Armadas e dos três ramos das Forças Armadas.
Corresponde ao posto de brigadeiro-general no Exército e na Força Aérea.