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PASSADO E PRESENTE – LISBOA, CAPITAL IBERO-AMERICANA DE CULTURA 2017

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PASSADO E PRESENTE – LISBOA, CAPITAL IBERO-AMERICANA DE CULTURA 2017


Uma emissão filatélica comemorativa, a exposição do artista mexicano Démian Flores, Gisela João, Mariela Condo, Yomira John, La Flama Blanca e Pedro Valdez Cardoso integram o primeiro dia do LISBOA, CAPITAL IBERO-AMERICANA DE CULTURA 2017.

A abrir a programação, sábado, dia 7 de Janeiro, às 17h00 inaugura-se a exposição do artista mexicano Démian Flores, na galeria do Padrão dos Descobrimentos. Demián Flores inscreve-se na longa tradição da pintura muralista mexicana com representantes como Diego Rivera ou José Clemente Orozco e muitos outros. Para esta exposição concebeu uma obra nova cujo tema é a relação colonial entre os Países Ibéricos e a América Latina. O trabalho de Demián Flores (Juchitán, Oaxaca, 1971) tem-se caracterizado por provocar choques e contágios entre esferas de produção cultural distintas e por manter um diálogo ativo com o contexto sociopolítico da sua terra natal, situada no sul do México. Com as descobertas geográficas do século XVI e o aparecimento, na visão da altura, do ‘Novo Mundo’, a ideia sobre a existência do Paraíso assumiu novas formas e reconhecimentos.

Às 19h00, no São Luiz Teatro Municipal, com a cerimónia de abertura, será feito o lançamento de uma emissão filatélica comemorativa do projeto. Um trabalho dos CTT que também  se associam à programação.

Às 21h00, também no São Luiz Teatro Municipal, o concerto Canções para uma Festa chama a palco Gisela João (Portugal), Mariela Condo (Peru) e Yomira John (Panamá). A origem diversificada das cantoras, das músicas e qualidade artística das letras das canções, juntam-se outros dois aspetos determinantes na escolha das convidadas. Um deles a juventude das cantoras, que é, de muitas maneiras, a expressão da energia de um continente que, com uma diversidade de etnias, culturas, regimes, paisagens, cria grandes expectativas para o futuro, não só desta área cultural e geográfica, mas também para o futuro de todo o mundo. O outro critério que presidiu aos convites feitos decorre do reconhecimento da importância que as mulheres, de um modo geral, e as artistas, em particular, conseguiram neste continente, tantas vezes marcado pela violência dos géneros, e as importantes mudanças sociais e de criação artística que protagonizaram. Este concerto repete dia 8, domingo, às 21h00.

A noite inaugural termina com Danças no Jardim de Inverno. Às 00h00, a música de La Flama Blanca (Portugal) e a cenografia de Pedro Valdez Cardoso convidam a festejar esta capital Ibero-americana de Cultura. Nas palavras de António Pinto Ribeiro, o coordenador-geral da programação: “Numa cenografia luxuriosa e divertida, (…) dá-se início às danças. É um sinal de que a festividade é compatível com a receção artística e a sua fruição, com o pensamento crítico e a leitura e com a convivialidade entre atores que intervêm quer nas cidades, quer nas zonas rurais da Europa e das Américas. Não prometemos qualquer regresso à antropofagia, mas que é o início de uma grande Festa, isso é, com certeza.”

Passado e Presente – Lisboa, Capital Ibero- Americana de Cultura é uma iniciativa da União das Cidades Capitais Ibero-Americanas (UCCI) e da Câmara Municipal de Lisboa, e que conta com a participação, colaboração e apoio de dezenas de outras instituições, associações e equipamentos privados. A cada ano a UCCI elege uma cidade para ser capital ibero-americana de Cultura e, em Novembro de 2015, a escolha de Lisboa foi unânime por parte das trinta cidades que a constituem.