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Mergulhadores da Marinha inativaram granada na margem do Rio Douro

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Mergulhadores da Marinha inativaram, com detonação controlada, uma granada na margem do Rio Douro.

A equipa de prontidão de inativação de engenhos explosivos da Marinha foi ativada esta terça-feira, na sequência da deteção de uma granada de mão ofensiva, encontrada na margem do rio Douro, em Vila Nova de Gaia.

No local, os mergulhadores, pertencentes ao Destacamento de Mergulhadores Sapadores n°1 da Marinha, em coordenação com a Autoridade Marítima Local, avaliaram a situação, inativaram e procederam, ao início da noite de ontem, à destruição da granada através de uma detonação controlada.

Este tipo de engenhos explosivos podem aparentar um estado estável e seguro, no entanto, como se verificou neste caso, o engenho encontrava-se totalmente funcional. Alerta-se que, sempre que sejam encontrados engenhos deste tipo, os mesmos não deverão ser removidos, devendo-se alertar de imediato as autoridades locais.

Sobre:

Os Mergulhadores constituem a componente operacional da Marinha na área do mergulho militar e inativação de engenhos explosivos, através do emprego de equipas altamente especializadas que operam num largo espectro de missões, tanto em tempo de paz, como em tempo de guerra.

​​​​Incumbe, ao Agrupamento de Mergulhadores, através do Departamento de Mergulho da Esquadrilha de Subsuperfície promover o aprontamento, o apoio logístico e administrativo das unidades de mergulhadores, assim como assegurar, através da Escola de Mergulhadores, o treino e formação dos militares.

As Unidades de Mergulhadores estão organizadas em três destacamentos, designados sequencialmente por nº1, nº2 e nº3, subdivididas por equipas de quantitativos variáveis em função da complexidade, dispersão geográfica ou a duração da missão o justifiquem. 

Os destacamentos diferenciam-se, entre si, pelo emprego operacional.

A Escola de Mergulhadores detém a responsabilidade da formação de mergulho e inativação de engenhos explosivos de todos os Mergulhadores da Armada e ministra em média 30 edições de cursos de formação e de atualização por ano, com uma média total de 350 formandos civis, militares de outros ramos e das forças de segurança;

Deve-se aos mergulhadores a adquisição da primeira Câmara Hiperbárica do País, tendo sido instalada na então Escola de Mergulhadores, sediada na Esquadrilha de Submarinos, desencadeando de forma pioneira, a Medicina de Mergulho e Hiperbárica, sob a tutela do Serviço de Saúde da Esquadrilha de Submarinos;

Os Mergulhadores da Armada têm capacidade de mergulhar até 81 metros de profundidade; 

Na guerra de minas empregam veículos autónomos submarinos (AUV’s – Autonomous Underwater Vehicles) com sistemas de deteção de elevada precisão e grande complexidade tecnológica;

Têm participado em diversas missões de interesse público e noutras missões de relevo, quer nacionais, quer internacionais.

Como testemunho e relevância da sua ação, os Mergulhadores foram condecorados com altas distinções, nomeadamente:

  • Medalha de Ouro de Serviços Distintos;
  • Ordem do Infante D. Henrique.​

aNOTÍCIA.pt