O Sporting Clube de Portugal (SCP) continua imparável, carimbando o seu 27.º título, 12.º consecutivo, nos Campeonatos Nacionais de Clubes em Pista Coberta, em femininos, terminando com 101 pontos, 11 vitórias, um segundo e um terceiro lugares, em 13 provas. Na segunda posição classificou-se o Jardim da Serra, com 74 pontos; e o Sporting Clube de Braga fechou o pódio, com 64 pontos.
Do lado masculino, vitória para o Sport Lisboa e Benfica (SLB), com 94 pontos, que carimba assim o seu 11.º título nesta competição, em masculinos, voltando a subir ao primeiro lugar do pódio, após ausência no ano passado. Na segunda e terceira posições classificaram-se o SCP, com 80 pontos, e o SCB, com 61 pontos.
Contribuíram na jornada de hoje para este 27.º título em femininos do SCP, a vitória de Salomé Afonso, nos 800 metros com 2m06,96s, melhor marca do ano; de Olímpia Barbosa nos 60 metros barreiras em 8,32s, melhor marca do ano; de Raquel Marques, do SCP, no salto com vara, com a marca de 3,60 metros; da estafeta de 4×400 metros, composta pela recordista nacional de 400 metros, Cátia Azevedo, pelas sub-23 Beatriz Andrade e Juliana Guerreiro e por Vera Barbosa, com o tempo de 3m45,73s, melhor marca do ano; e de Patrícia Mamona, vice-campeã olímpica, que detém a sétima melhor marca mundial do ano, com um salto de 13,77 metros.
Patrícia Mamona disse no final que o objetivo desta competição, que era “dar a vitória ao Sporting, continuando na liderança, foi cumprido, logo no primeiro salto”. Apesar de a marca alcançada ser inferior aos registos que já fez esta época, a atleta mostrou-se confiante, pois os restantes saltos, “apesar de nulos, seriam acima dos 14 metros”. Para a semana, Patrícia Mamona estará de volta a Pombal para competir nos Campeonatos de Portugal de Pista Coberta.
Já a capitã de equipa, Cátia Azevedo disse estar “muito contente pela vitória” e por ver que “a equipa mantem os valores” que aprendeu desde que faz parte da mesma. Recordando que a equipa do SCP se apresentou com algumas limitações, entre as quais o facto de não ter participado nos 400 metros, por ter tido COVID-19 há uma semana, disse que estava focada em recuperar ara estar ao seu melhor nível nos Campeonatos do Mundo de Pista Coberta em Belgrado, nos quais tem como “objetivo bater novamente o recorde de Portugal.”
Isaac Nader sobe a terceiro melhor de sempre nos 800 metros
Do lado masculino, destaque para Isaac Nader, que já tem marca de qualificação nos 1500 metros para os campeonatos do mundo de pista coberta e ficou a 1,07s também nos 800 metros, ao vencer completamente isolado, com 1m47,77s, recorde pessoal e da pista de Pombal, subindo a terceiro de sempre na distância em pista coberta, atrás do seu treinador, Rui Silva, e de João Pires.
“Dar a vitória ao Benfica, era sempre esse o objetivo. A prova correu bem, fiquei contente com a marca. Agora é pensar em dar o melhor nos campeonatos do mundo. É sempre difícil prever um resultado, mas penso que é possível disputar a final”, disse Isaac Nader após a competição.
O campeão olímpico do triplo-salto Pedro Pablo Pichardo deu início à sua época com uma vitória conquistada logo ao primeiro salto, de 16,57 metros, melhor marca nacional do ano, realizando apenas mais um salto, nulo. Pichardo disse, no final, que “o objetivo era dar o máximo de pontos à equipa”. Sabia que, “na fase de preparação atual, não iria fazer um grande salto, mas acabei por conseguir ganhar a prova e cumprir o objetivo”, concluiu.
De sublinhar ainda o duelo entre Abdel Larrinaga, do SCP, que venceu os 60 metros barreiras em 7,78s, uma marca próxima da que realizou na semana passada também em Pombal, quando conseguiu a qualificação para os mundiais de pista coberta, deixando João Vítor Oliveira, do SLB, na segunda posição, tal como há uma semana, desta vez com o tempo de 7,81s.
Foi num duelo também entre o SLB e o SCP que se desenrolou a estafeta de 4×400 metros masculina, com o Sporting a vencer em 3m12,83s, melhor marca do ano, a 29 centésimos do recorde de Portugal. No final, a estafeta leonina foi desclassificada, mas após apresentação de protesto, foi decidido que seria a estafeta benfiquista a ser penalizada, decisão aceite pelos encarnados.
Para o título do Benfica, contribuíram ainda as vitórias de Tsanko Arnaudov, no lançamento do peso com a marca de 20,13 metros, a sua melhor nesta época; de Gerson Baldé no salto em altura, com a marca de 2,17 metros; e da estafeta de 4×400 metros – composta por Edgar Campre, Ericsson Tavares, Mikael Jesus e Ricardo dos Santos – com o tempo de 3m13,59s, melhor marca do ano, a 1,5s do recorde de Portugal, após desclassificação da equipa do SCP, que não subiu ao pódio em protesto.
Os resultados completos podem ser consultados no link: 1ª Divisão – Campeonatos Nacionais de Clubes em Pista Coberta (fpacompeticoes.pt).
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