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Treinadores portugueses no Brasil

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Treinadores portugueses no Brasil.

Enquanto Abel Ferreira vive uma eterna lua de mel com a torcida palmeirense, seu compatriota Vitor Pereira fez sua estreia no Corinthians, maior rival do Palmeiras e perdeu o clássico contra o São Paulo do treinador Rogerio Ceni por 1×0, gol do argentino Carelli marcado aos 51 segundos e dando a vitória ao Tricolor no Morumbi.

           “Vitor Pereira pós jogo, temos muitas coisas para corrigir”   

Não foi a estreia que Vítor Pereira e a Fiel torcida sonhavam. No primeiro jogo do técnico português no comando do Corinthians, a equipe perdeu o clássico para o São Paulo por 1 a 0. Após a partida, em entrevista coletiva, o treinador analisou o Majestoso e disse que “tem muita coisa para corrigir”.

Em primeiro lugar, acho que o gol no começo condicionou um pouco. O gol no começo e a chuva que caiu, que não podemos controlar. O campo ficou muito pesado, dificultando a circulação da bola. O que tínhamos feito no aquecimento acabou neste período esperando a luz voltar. Tivemos essa desconcentração, enquanto o São Paulo entrou no jogo desde o primeiro minuto. Demoramos para reagir. Quando reagimos, já tínhamos concedido o primeiro gol. O campo ficou pesado, também condicionou o aspecto tático do jogo. Nós começamos a circular a bola com mais qualidade, rodamos de um corredor para o outro, encontramos espaços, tivemos combinações interessantes, mas o São Paulo sempre esteve mais confortável pois estava em vantagem, com possibilidade de defender mais baixo e contra-atacar. O primeiro tempo foi um pouco assim. Nós, com bola, tentando fazer o gol, e eles jogando mais no contra-ataque, esperando um erro – disse o português, antes de completar.

                        Protesto de Abel Ferreira contra a violência

Técnico do Palmeiras cita morte de torcedor em BH e pede basta à violência

Abel Ferreira cogitou deixar o futebol brasileiro se violência seguir como está

O português técnico do Palmeiras, talvez o mais emblemático dos treinadores portugueses no Brasil, usou a parte final de sua entrevista coletiva deste domingo, após a vitória por 2 a 0 sobre o Guarani, pelo Campeonato Paulista, para pedir um basta à violência no futebol brasileiro e sul-americano.

Além de citar agressões a delegações nos últimos dias, como ocorreu com Bahia, Grêmio e Paraná Clube, ele lamentou a morte de um torcedor do Cruzeiro neste domingo horas antes do clássico contra o Atlético.

O torcedor Rodrigo Marlon Caetano, de 25 anos, foi baleado no abdômen durante uma briga generalizada entre cruzeirenses e atleticanos no bairro Boa Vista, região Leste de Belo Horizonte, na manhã deste domingo. Ele chegou a ser reanimado após quatro paradas cardíacas, passou por cirurgia, mas não resistiu.

Para Abel Ferreira, a violência generalizada no Brasil e em países da América Latina – haja a vista a briga no jogo entre Atlas e Querétaro, no sábado, pelo Campeonato Mexicano, que deixou vários feridos – tem atingido níveis preocupantes. Na visão dele, autoridades de segurança, Ministério Público, federações e clubes terão que se sentar para discutir uma solução.

“Estão acontecendo coisas muito graves no futebol sul-americano e aqui onde estou, no futebol brasileiro. Acho que não podemos olhar sem que esses clubes e essas pessoas sejam punidos. As pessoas que têm obrigação, como o Ministério Público, têm que dar a cara”, alertou.

“Hoje entrei aqui e me disseram que houve uma rixa num jogo, inclusive acho que morreu uma pessoa. É preciso morrer quantas mais para se tomar decisões. Os organismos do futebol, quer do futebol, quer extrafutebol, têm que se assumir, têm que dar a cara, exercer os cargos que têm. É isso que espero que cada pessoa, no seu cargo, faça. Para o bem do futebol brasileiro. Que se junte a CBF, quem organiza os Estaduais, o MP, mas que se tomem medidas”, voltou a cobrar o treinador palmeirense.

Abel Ferreira disse que cogita até mesmo deixar o futebol brasileiro se o cenário seguir como está. “A segurança me preocupa muito. Quando entrei aqui e vi as imagens do México, e me dizem que se passa a mesma coisa no futebol brasileiro, vou ter que pensar muito bem naquilo que quero para mim, para a minha família e para os meus jogadores. Para eu me sentir seguro, os organismos que têm essa responsabilidade, eles têm que dar a cara, dar um passo à frente e tomar medidas. Não podemos fazer de conta que não passa nada”, referiu o mais emblemático dos treinadores portugueses no Brasil.

aNOTÍCIA.pt