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Pedro Pichardo é vice-campeão mundial

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Pedro Pichardo é vice-campeão mundial
Pedro Pichardo é vice-campeão mundial - ®DR

Pedro Pichardo sagrou-se hoje vice-campeão mundial de triplo-salto em pista coberta, nos Mundiais que estão a decorrer em Belgrado 2022.

O recordista nacional e campeão olímpico abriu o concurso com a marca de 17,42 metros, a sua melhor marca do ano e recorde de Portugal em pista coberta (o anterior recorde, 17,40 m, pertencia a Nelson Évora, com o terceiro lugar no Mundial de 2018). Era a resposta ao salto recorde (17,64 m) do cubano Lazaro Martinez que surpreendeu toda a concorrência.

Pedro Pichardo voltou a bater o recorde nacional ao segundo ensaio (17,46 m), assegurando a medalha de prata e o lugar de vice-campeão mundial, mas não conseguiu melhorar. Fez um nulo no terceiro ensaio, no quarto ensaio registou um salto de 14,94 e depois prescindiu dos dois últimos saltos. Atrás do português ficou o norte-americano Donald Scott (17,21 m) que fez a sua melhor marca deste ano.

No final da prova, Pedro Pichardo explicou que prescindiu dos últimos saltos “por ter sentido um “toque” no pé. Já havia sentido no aquecimento uma coisinha, mas decidi competir. Nos dois primeiros saltos ainda deu para os fechar, sentindo algum desconforto, mas ao quarto ensaio senti que era mais forte e falei com o meu treinador – e pai – e decidimos parar por ali. E agora, enquanto caminho, vai doendo a cada passo”.

“Não fiquei surpreendido com o Lázaro [Martinez], pois já competi com ele e conheço todo o seu potencial. Até estava à espera de mais adversários”, referiu. Questionado se vai mudar alguma coisa no treino para o verão, adiantou que “a pré-temporada ainda não acabou. Não tencionava fazer época de inverno, devido a uma pequena lesão, mas ainda a fiz como preparação. Vou agora ver com o meu treinador e fisio o que temos pela frente, pois estou muito focado no verão com Mundiais e Europeus”.

Na mesmo prova, outro português, Tiago Pereira, ficou a dois centímetros de poder saltar os três últimos ensaios, terminando em 9º lugar com a sua segunda melhor marca deste ano: 16,46. No final, admitiu ter “cometido alguns erros que impediram um resultado ainda mais feliz”.

Lorene Bazolo apurada para as meias-finais

Ainda na jornada da manhã, as primeiras a entrar em ação, as velocistas Lorene Bazolo e Rosalina Santos, ambas a treinarem com o prof. Rui Norte, conheceram destinos diferentes. A recordista de Portugal, Lorene Bazolo terminou em quinto lugar na primeira série, com a marca de 7,24 segundos. Como ficavam apuradas para as meias-finais as três primeiras e os seis melhores tempos, Lorene teve de esperar até à última série para ter a certeza de que estava apurada, embora a atleta estivesse confiante nesse apuramento garantindo “ter gostado muito da marca obtida nesta série”, a abrir a participação portuguesa.

Na segunda série, a sua colega de treino Rosalina Santos não conseguiu melhor que o sétimo lugar, com a marca de 7,37 segundos, perdendo aís as aspirações de seguir em frente “algo que, realisticamente, pensava ser difícil”, referiu a atleta, adiantando que “teria de estar a 120 ou 200 por cento para passar, batendo o recorde pessoal. Contudo, senti muitos mais nervos do nos Europeus e não consegui descontrair para o conseguir. Espero continuar a evoluir e conseguir o apuramento para os mundiais de verão e aí estar melhor”.

Pouco depois da velocidade, lugar aos 400 metros e nas duas voltas à pista, Cátia Azevedo correu logo na primeira eliminatória e terminou em quinto lugar com o seu segundo melhor tempo do ano (53,01 segundos), insuficiente para conseguir chegar às meias-finais (o acesso fez-se com melhor marca que o recorde de Portugal – 51,77 segundos).

No final da prova, Cátia Azevedo, referiu que “foi um sucesso conseguir estar nos mundiais, depois de recuperar do covid. A época de pista coberta acabou por ser boa, embora os resultados não o traduzissem. Vou continuar a treinar bem forte para o ar livre, pois desejo fazer uma marca abaixo dos 50 segundos ou muito perto”.

aNOTÍCIA.pt