O submarino Arpão chegou hoje, dia 26 de maio, à Base Naval no Alfeite, após ter estado, durante dois meses, na operação SEA GUARDIAN, da NATO, e na operação IRINI, da União Europeia (UE), ambas no Mar Mediterrâneo.
Na chegada do Submarino Arpão estiveram presentes o Secretário de Estado da Defesa Nacional, Marco Capitão Ferreira, e o Chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Henrique Gouveia e Melo.
No decurso da missão detetou mais de 6000 navios e efetuou a recolha de informação a cerca 2000 navios de interesse, efetuando mais de 1000 horas de imersão e patrulhadas mais de 5000 milhas, o que equivale a aproximadamente 9000 quilómetros.
A operação SEA GUARDIAN teve como finalidade promover a segurança marítima no Mar Mediterrâneo, de forma a garantir a liberdade de navegação e o conhecimento situacional da área.
Por sua vez, a operação IRINI, no âmbito da União Europeia (UE), teve como objetivo a aplicação do embargo ao armamento imposto pela ONU, em áreas específicas da costa Norte da África Central.
A capacidade de recolha de informações de forma discreta do submarino, permitiu detetar e enviar informações relativas a atos ilícitos para os respetivos comandos das operações, que contribuiu para estabelecer e melhorar o conhecimento situacional marítimo do Mar Mediterrâneo, nos comandos da Aliança Atlântica e da União Europeia.
Atualmente a guarnição do submarino Arpão é constituída por 33 militares, sendo comandada pelo capitão-tenente Taveira Pinto.
Sobre:
O NRP Arpão foi construído no estaleiro alemão Howaldtswerke-Deutsche Werft (HDW), em Kiel. Iniciada a construção em 2005, foi batizado e lançado a agua em 19 de junho de 2009, tendo como madrinha a dra. Maria Barroso.
Entregue a Marinha Portuguesa em 22 de dezembro de 2010 chegou pela primeira vez a Base Naval de Lisboa em 30 de abril de 2011, tendo como seu primeiro comandante o capitão-tenente Nuno Baptista Pereira.
Desde então o Arpão esteve integrado no dispositivo de forças nacionais tendo realizado a primeira integração de um submarino português numa forca naval permanente da OTAN em 2012. a destacar ainda a sua participação por duas ocasiões na forca naval da UE no mediterrâneo em missão humanitária, a operação SOPHIA.
Para alem das vigilâncias da área marítima de interesse nacional e colaboração com outras agencias e autoridades do estado, participou ainda em diversos exercícios internacionais como: SPONTEX, FOST, REP e NOBLE MARINER.