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“A LISBOA QUE TERIA SIDO “ a exposição que estará patente ao público, a partir de hoje, no Museu de Lisboa.

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“A LISBOA QUE TERIA SIDO “ a exposição que estará patente ao público, a partir de hoje, no Museu de Lisboa.

Ontem, dia 26, no Palácio Pimenta, foi inaugurada por Fernando Medina e por Catarina Vaz Pinto a exposição “ A Lisboa que teria sido”. Nesta exposição o Museu de Lisboa dá-nos a conhecer a Lisboa projetada por nomes tão distintos como Francisco de Holanda, Eugénio dos Santos, J. C. Nicolas Forestier, Ventura Terra, Cristino da Silva, Raul Lino, Cottinelli Telmo, Cassiano Branco, entre outros.

Nessa época, alguns dos mais ilustres moradores e visitantes entendiam que faltava a Lisboa a monumentalidade arquitetónica de uma cidade cosmopolita do século XVI.

Com o terramoto de 1755, a reconstrução tornou Lisboa e principalmente a baixa, mais majestosa, mas a arquitetura pombalina foi considerada até recentemente muito soturna e a partir da segunda metade do seculo XIX, foram muitas as propostas para tornar Lisboa, mais grandiosa e monumental.

Nesta exposição podemos ver cerca de 200 desenhos, maquetes, fotografias, projetos de urbanismo e arquitetura, assim como gráficos tridimensionais focados no eixo central da Praça do Comércio ao Parque Eduardo VII, o Martim Moniz, a frente ribeirinha, as portas da cidade e as portas para a “outra banda, encontrados nos arquivos da Camara Municipal de Lisboa e  do Museu de Lisboa.

Do atelier do arquiteto Manuel Graça Dias veio a maqueta da Manhattan de Cacilhas, e ainda um filme em 3D, pois importa também perceber a ligação de Lisboa à outra margem. “Tivéssemos nós capacidade financeira e logo no século XVIII tinha-se começado a deitar abaixo Lisboa”, nota António Miranda. Imaginar como seria a cidade é, pois, o exercício que se convida a fazer. Mas sem juízos de valor.

Esta exposição onde podemos ver o que Lisboa foi, o que teria sido, (provavelmente menos bonita do que a que temos hoje) e que de acordo com as palavras da comissaria da exposição Raquel Henriques da Silva “contribui para enriquecer a imagem que cada um tem da cidade e pode, desejavelmente, ajudar a pensar a Lisboa que será”  

Uma exposição fascinante a não perder sobre a nossa Lisboa que apesar de muitos projetos para a tornar mais grandiosa, mas com certeza mais impessoal, continua a ser muito bonita e acolhedora.

A exposição que estará patente ao público a partir de hoje e até 25 junho, de terça a domingo, das 10h às 18h, tem como Comissários António Miranda (Museu de Lisboa) e Raquel Henriques da Silva (FCSH – Universidade Nova de Lisboa).