A BoCA – Biennial of Contemporary Arts é uma nova bienal de artes contemporâneas, cuja sua primeira edição começou a 17 de março e continua até 30 de abril de 2017, nas cidades de Lisboa e Porto, com expansão das suas atividades a outras cidades do país ao longo do ano.
A BoCA propõe um conceito colaborativo entre instituições artísticas nacionais e internacionais (museus, galerias, teatros), integrando ações no espaço público e incidindo numa programação transversal que propõe uma sinergia entre instituições, campos artísticos e respetivos públicos.
Destaques para:
PERIFÉRICO – 7 e 8 de abril às 21h no Pequeno Auditório
No contexto da BoCA, Alexandre Farto (VHILS) concebe a sua primeira criação de palco, PERIFÉRICO, num assumido desvio conceptual do seu trabalho: cria uma obra que não está afeta a um lugar específico, mas à universalidade do palco, cujas qualidades se concentram de modo a viajarem pelo espaço e pelo tempo.
Periférico é uma criação performativa que apresenta uma reflexão sobre a evolução urbanística, a emergência das subculturas urbanas e o impacto de ambas no panorama de Portugal ao longo das décadas de 1980, 1990 e 2000. Esta criação de palco tem por base a experiência pessoal do artista, que dialoga com as gerações crescidas no nosso país, no período que se seguiu à Revolução de Abril e à adesão à Comunidade Europeia.
A narrativa, desenvolvida em vários atos encadeados, é expressa através do olhar de um adolescente que cresce nos subúrbios da capital, refletindo o modo como a sua vida foi influenciada e moldada através destas transformações.
A peça, que explora uma convergência entre vários territórios artísticos, cria uma sinergia entre artes visuais, música (contemporânea e popular), dança (clássica e de rua), fomentando um encontro dinâmico entre universos por vezes excludentes: cultura de rua e cultura de palco, meios marginais e meios institucionais de criação, cultura global e cultura local.
FATAMORGANA – 12 e 13 de abril às 21h no Pequeno Auditório
Fatamorgana é a primeira criação para palco da realizadora de cinema Salomé Lamas, artista residente da bienal de artes contemporâneas BoCA. Uma paródia política onde uma mulher dá por si, não sabe bem como, num museu de cera, após a hora do fecho, e de onde emergem figuras históricas. Tal como Molly Bloom e, mais virtuosa, Penélope, Haman espera pelo marido. Parece ter marcado encontro com ele. Mas ele não chega. Por onde andará? O tempo dilata.