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O BUZZ DE COMUNICAÇÃO EM TORNO DE PORTUGAL DEBATIDO PELA AHP

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O BUZZ DE COMUNICAÇÃO  EM TORNO DE PORTUGAL DEBATIDO PELA AHP

Numa plateia com mais de 50 convidados, a AHP – Associação da Hotelaria de Portugal debateu o reconhecimento que o país tem tido em várias esferas e o impacto que a comunicação tem no posicionamento de Portugal enquanto destino turístico.

Com o tema “Portugal está nas bocas do mundo… E agora?”, o Almoço Mensal de Associados contou com a intervenção do jornalista Paulo Magalhães, atual Assessor para a Comunicação Social da Presidência da República.

O presidente da AHP, Raul Martins, na sua intervenção inicial, começou por recordar que “somos craques reconhecidos no desporto, na arte, na ciência, na cultura, saímos do procedimento por défice excessivo, levámos novo brilho ao Festival da Eurovisão e no turismo somamos recordes”.

Destacando a importância do setor turístico na economia nacional, o presidente da AHP recordou os últimos dados que parecem vaticinar o melhor ano de sempre para a hotelaria portuguesa: “De acordo com o AHP Hotel Snapshot, o novo raio-x da performance hoteleira que acabámos de lançar, 2017 começou com o melhor primeiro trimestre dos últimos 10 anos.”

“Como aproveitar, então, o momento para posicionar Portugal, de uma vez por todas, no lugar que lhe pertence, ao lado dos grandes destinos?”, questionou Raul Martins. A posição privilegiada do momento impõe uma reflexão sobre o futuro do destino Portugal “o país está na moda, mas as modas passam, e o sol também brilha noutras longitudes”, salientou.

Na sua intervenção, Paulo Magalhães destacou que “estamos numa fase boa, em termos globais, pelas razões conhecidas enumeradas pelo presidente da AHP. Mas não nos podemos deixar embalar na “maravilha” que são os números do turismo, motor da economia. Tudo isto são ciclos, é bom que se fale, mas que se ponderem os porquês e consequências”. O convidado referiu, ainda, os “40 mil novos postos de trabalho no turismo” um crescimento, em 2016, de “14,2% em todo o País”, mas não deixou de relembrar os desafios da sazonalidade, litoralização do turismo e a necessidade de termos Recursos Humanos mais qualificados.

“O crescimento é finito! O boom turístico verificado nos últimos 2 anos e os crescimentos a dois dígitos em nenhuma indústria se sustenta no médio e longo prazo. Crescer sim, e Portugal está “longe da sobrecarga de que tanto se fala”. “No ano passado, Portugal contou com 19,1 milhões de turistas, sendo que no mesmo período, por exemplo, a cidade de Barcelona recebeu 36 milhões”, recordou Paulo Magalhães.

Por fim, Paulo Magalhães, assumindo que tem mais perguntas do que respostas, concluiu que “há espaço para crescer. A questão que deixo é: por onde e para onde?”

O próximo Almoço Mensal de Associados terá como mote “Hoteleiros vs. Hosteleiros”. O tema tem como objetivo contrapor a experiência de um hoteleiro no Alojamento Local versus a experiência de um hosteleiro enquanto hoteleiro. São convidados da AHP Miguel Simões de Almeida, administrador do Alma Lusa Baixa Chiado, e Bernardo D’Eça Leal, administrador do Independent Hostel & Suites.