Nascido da colaboração de uma rede de 13 instituições de ensino superior politécnico, o projeto PIN – Polientrepreneurship Innovation Network – visa a promoção do empreendedorismo. O objetivo é a criação de 45 empresas, 15 patentes e 120 projetos. Uma ferramenta que implicou um investimento de um milhão de euros.
O Centro de Ciência do Café, em Campo Maior, foi o cenário escolhido para a apresentação oficial de uma nova plataforma de apoio ao empreendedorismo – o projeto PIN Polientrepreneurship Innovation Network.
Com um horizonte de execução de um ano, o projeto tem objetivos ambiciosos: envolver mais de 1500 estudantes e gerar 45 novas empresas nos domínios do conhecimento, tecnologia e industrias criativas. Metas a que se juntam 15 pedidos de registos de patentes e mais de 120 projetos de vocação empresarial.
Tudo começou em 2015, com uma candidatura aos fundos de financiamento do Portugal 2020 apresentada por um consórcio de 13 instituições de Ensino Superior Politécnico de todo o país. Com um financiamento aprovado na ordem dos 743.126,76€ (no âmbito dos programas Compete 2020 e Portugal 2020) o projeto PIN teve luz verde para avançar, correspondendo a um investimento total de 1.104.286,67€.
A plataforma PIN assenta numa interface digital que oferece uma série de ferramentas facilitadoras dos processos de implementação de negócios. O sistema disponibiliza formação específica sobre temas relacionados com o empreendedorismo e criação de empresas, proporcionando aos participantes as condições para o desenvolvimento de ideias, soluções inovadoras e planos de negócio, num ambiente colaborativo. A plataforma é assim composta por módulos de e-learning, videoconferência, fórum de discussão e de mensagens privadas.
Para Nuno Mangas, Presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos “o foco no trabalho em rede, presente no Projeto PIN, apostando em ecossistemas de empreendedorismo, também demonstra claramente aquilo que tenho vindo a afirmar: o segredo do negócio…está na partilha. Os jovens têm a possibilidade de perceber que se podem transformar nos seus próprios agentes e que a sua capacidade de iniciativa pode fazer a diferença na construção do seu futuro.”
Durante esta sessão de apresentação do PIN, o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, destacou a importância do projeto “na dignificação do ensino politécnico, assumindo a responsabilidade de formar mais e de formar cada vez melhor. É por isso importante que o PIN entre na sala de aula desde o primeiro dia. “O projeto PIN é estruturante nas vertentes de formação, de investigação, de atração de novos públicos e de maior intervenção na sociedade”, acrescentou.
Reconhecendo a validade da metodologia aplicada pelo Poliempreende para desenvolver as competências e o espírito empreendedor, o Grupo Delta é uma das empresas mais ativas no apoio a este projeto. Além do patrocínio ao prémio de empreendedorismo e inovação do Poliempreende, a Delta tem colaborado ativamente na motivação dos estudantes, incentivando-os a ultrapassarem as barreiras inerentes ao processo de criação de empresas. O Comendador Rui Nabeiro mostrou-se “satisfeito por assumir uma vez mais o papel de patrono desta iniciativa”, destacando a importância das competências empreendedoras no desenvolvimento do país; “não nascemos empreendedores, fazemo-nos empreendedores”.
O PIN surge na sequência do Poliempreende, um programa de referência de apoio ao empreendedorismo que entra agora na sua 14ª edição. Ao longo de mais de uma década, esta iniciativa que engloba um total de 21 parceiros, entre instituições politécnicas, escolas superiores não integradas e escolas politécnicas das universidades, envolveu já um universo de mais de 100 mil estudantes. Os resultados falam por si, com 83 empresas criadas, 62 patentes registadas e uma taxa de sobrevivência das empresas de 77%.