Roger Waters nascido a 6 Setembro de 1943 é provavelmente o Baixista mais famoso do mundo da música, não se ficando por essa função já que através dos anos e dos discos que gravou foi cantor, guitarrista pianista, produtor e compositor.
Em 1965 formou a banda Pink Floyd que viria, em 1974, a tornar-se numa das mais icónicas formações musicais de sempre ao lançar o aclamado “The Dark Side of the Moon”. Outros álbuns surgiriam mas o seu “The wall” assente na história pessoal do seu pai (que Roger nunca conheceu) e em diferenças criativas cada vez mais marcadas entre os membros da banda, viriam a ditar o seu fim não sem antes editarem aquele que virá a ser o mais polémico disco “The Pros and Cons of Hitch Hiking” que ainda hoje divide o público entre aqueles que o creditam a Roger e os que Creditam (e bem a meu ver) aos Pink Floyd..
Polémicas à parte em 2013 o número de discos vendidos, só dos Pink Floyd, atingiu a soma de mais de 250 milhões de unidades em todo o mundo. Se a isto juntarmos os albúns a solo “Radio K.A.O.S” “Amused to Death”, a ópera “ca Ira” e os registos ao vivo do “The Wall”, que Roger negociou com os antigos colegas para pôr fim à disputa que mantinha há vários anos, devemos considerar que este músico tem mais uns milhões de discos vendidos.
Aproveitando ao limite o “The Wall”, Waters, transformou-o em shows épicos, documentários e até um filme (que não é para ser confundido com o antigo The Wall soberbamente realizado por Alan Parker). Aproveitando esta onda anti Trump, lança este ano o primeiro álbum de originais em mais de 24 anos “Is This the Life We Really Want?” É a meu ver um fantástico regresso ao passado e que quase entra entre o Pros e o Radio KAOS. É ouvir Pink Floyd outra vez e um Waters rejuvenescido que martela os nossos cérebros e ouvidos com um álbum conceptual que põe a nú a nossa crescente estupidez com alusões subtis ao passado (Wish you were here in Guantanamo Bay!) em “Picture That”, um dos mais longos temas do disco e talvez o melhor (na minha subjectiva opinião) a cada vez mais presente ameaça de terrorismo em Smell The Roses”.. Enfim temos uma distopia Pós “Dark Side” mas com a capacidade de inovação do produtor dos Radiohead, Nigel Godrich, que além de produzir ainda tocou variados instrumentos ao longo do disco o que faz com que este som seja fácil de identificar, para amantes de Radiohead, no tema que dá nome ao disco e que poderá agradar em termos instrumentais às geracões mais novas.
Em suma.. Um dos melhores álbuns do ano até agora e exactamente aquilo a que um disco nesta era idiótica/Trump deve soar.
NOTA: O autor, João Pedro Trindade, não adere ao novo acordo ortográfico.