Num sprint discutido ao milímetro, este domingo, em Castelo Branco, Samuel Caldeira (W52-FC Porto) alcançou o triunfo na segunda etapa da 79ª Volta a Portugal Santander Totta.
Na hora de festejar, o algarvio abraçou-se emocionado a Raúl Alarcón, companheiro de equipa na W52-FC Porto e Camisola Amarela. “À terceira foi de vez! É uma vitória com sabor especial, é a recompensa de tanto trabalho e muito esforço para chegar aqui na melhor forma”, desabafou Caldeira. Instantes antes, os comissários tinham analisado ao pormenor as imagens da chegada e desfizeram as dúvidas que havia relativamente ao primeiro a cruzar a linha de meta. A questão colocava-se entre o triunfo do português ou do italiano António Parrinello, da GM Europa, mas visualizadas as imagens da RTP desfizeram-se os equívocos. “Nem queria acreditar que tinha feito novamente segundo”, disse o corredor portista que finalmente triunfara em Castelo Branco. “É uma sensação nova ser eu a vencer. Vinha muito concentrado na roda do Raúl (Alarcón) e do Gustavo (Veloso) que eram os homens que me vinham a trazer para a frente. Com lançadores destes é quase meia vitória, a mim bastou-me rematar e hoje tive forças para o fazer, bem feito.”
O triunfo de Samuel Caldeira e a manutenção da Camisola Amarela Santander Totta faz da equipa azul e branca altamente vitoriosa porque ao terceiro dia de competição obteve o segundo êxito consecutivo. Raúl Alarcón além de líder da classificação geral é também o mais pontuado, o Camisola Verde Rubis Gás. Com a vitória na montanha de Monte Paleiros e o segundo lugar na Serra de São Miguel, o israelita Roy Goldstein (Israel Cycling Academy) passou a ser o novo Camisola Azul Liberty Seguros mantendo-se o espanhol Oscar Rodriguez (Euskadi) como o melhor jovem em prova, Camisola Branca RTP.
“Frigideira Beirã”
Percorreram-se 214,7 quilómetros nesta etapa, a mais longa distância desta edição, uma autêntica etapa maratona. A partida aconteceu em Reguengos de Monsaraz antevendo-se, desde logo, um dia muito quente. Na entrada da Beira Baixa os termómetros ascenderam aos 43 graus, ainda assim a fuga do dia demorou a derreter e durou praticamente toda a tirada controlada meticulosamente pela W52-FC Porto, quase sempre na cabeça do pelotão. Quando faltavam três quilómetros para a meta fuga evaporou-se completamente depois de muita resistência.
Disputa-se amanhã (7) a 3ª etapa, numa extensão de 162,7 quilómetros, que ligará Figueira de Castelo Rodrigo a Bragança atravessando o Douro Superior e com um percurso extremamente sinuoso que inclui a difícil travessia da Serra de Bornes