João Carvalho, presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), concluiu, num parecer entregue ao Ministro do Ambiente na semana passada, que “é claro e simples que a Uber está fora da lei. Ou acatamos as decisões dos tribunais ou deixamos de ser um Estado de direito”. Segundo João Carvalho, a Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) é a entidade com maior competência para tomar uma decisão permanente sobre a circulação dos automóveis e serviços da empresa em Portugal.

Em declarações ao Dinheiro Vivo, um dos representantes oficiais da Uber garante que “as declarações do senhor presidente da AMT confirmam a necessidade de uma revisão regulatória urgente da mobilidade em Portugal” e que os colaboradores continuam “determinados em participar nas conversações bilaterais recentemente anunciadas pelo Governo, e em manter um diálogo construtivo com a AMT, com vista ao desenvolvimento de um enquadramento regulatório moderno e alinhado com os interesses dos consumidores”.

É de sublinhar que esta rivalidade entre taxistas nacionais e a Uber tem vindo a ser motivo para várias greves no sector nos últimos tempos, chegando a ter como consequência, até, algumas situações violentas.