Rumo às piscinas naturais da Serra da Estrela, um segredo bem guardado
Há um ano, a descoberta da ‘outra’ Serra da Estrela constituiu para nós um desafio tão gratificante que não perdemos uma oportunidade para voltar. Como não poderia deixar de ser, mais uma vez, desafiámos o “eterno enamorado da Estrela”, para nos levar a conhecer cantos e recantos, veredas e trilhos, que conhece como ninguém.
Saímos da Covilhã, pela manhã. O dia solarengo prometia ser quente. O primeiro destino – Cortes do Meio – a apenas 15 km da Covilhã.
Cortes do Meio
Refugiada nas margens da sua ribeira semiglaciar, na vertente sul da Serra da Estrela, Cortes do Meio, é daqueles lugares onde só vai quem conhece, porque as cascatas e piscinas naturais que a tornaram na “Capital das Piscinas Naturais” não ficam a caminho de lado nenhum.
Este é um dos segredos, que a “Estrela” guarda. Perdidos no vale, protegidos pela montanha, encontramos, a cada curva da ribeira das Cortes, riachos e regatos límpidos, cascatas e, lagoas (aqui chamam-lhes poços) que pedem mergulhos e banhos revigorantes.
Uma água gelada e cristalina. Em vez de areia para estender a toalha, há pedras graniticas lisas e brilhantes. As árvores frondosas protegem-nos do Sol. Nem sempre os acessos são fáceis, mas com algum espírito aventureiro, calçado adequado e algum sorte, até encontramos uma lagoa só para nós, assegurando o devido distanciamento social, agora tão importante.
Paul
A segunda paragem deixou-nos na Praia Fluvial do Paul. Situada na parte sul da Serra da Estrela é banhada pela Ribeira da Caia. Ao descer as colinas da Serra da Estrela, esta água límpida e fria moldou a rocha ao longo dos anos, criando um poço magnífico.
Pequenas cascatas, piscinas naturais de águas transparentes e uma envolvente natural ímpar fazem desta praia fluvial uma das melhores e mais bonitas de Portugal.
No local uma pequena ponte dá acesso a uma zona de areia e a uma extensa variedade de rochas onde se pode estender a toalha. O acesso à água é facilitado por um local menos profundo na zona do areal.
Toda a zona é propícia a piqueniques devido às arvores frondosas que ali existem. Embora a estrada não fique muito longe da praia fluvial e exista um parque de estacionamento, este poço, não é um local aconselhado a pessoas com mobilidade reduzida.
A cerca de 600 m e paralela à estrada, existe uma outra praia fluvial. Os acessos são mais fáceis, para além de ter infraestruturas, tais com bar, casas de banho e escadas de acesso à água. Mais acessível, mas menos espetacular.
Aproximava-se a hora de almoço e os estômagos pediam alimento. Na simpática vila serrana do Paul, encontramos um restaurante que nos serviu uma simples mas muito agradável refeição, em que estiveram presentes todas as normas de higienização e segurança, adequadas à época que vivemos.
Novas descobertas nos esperavam para além das piscinas naturais da Serra da Estrela
Para a nossa tarde estava reservada a descoberta de Unhais da Serra, apelidada de “Vila da água”, assim como descobrir os segredos e as Centrais Hidroeléticas que a “estrada incompleta” encerra. Mas dessa e de outras experiências e maravilhas vos falaremos em breve.
Hoje ficamos por aqui e de ‘alma cheia’, cada vez mais convencidos de que “ir para fora cá dentro” é das melhores opções de férias ou para uma escapadinha.
NOTA IMPORTANTE: Em alguns dos locais mencionadas aconselha-se a visita com acompanhamento de guia
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