no O festival de arte urbana Wool Fest, que celebra este ano 10 anos de vida, está de volta, com mais de 40 iniciativas gratuitas no centro histórico da Covilhã. O WOOL decorre de 26 de junho a 4 de julho com pintura mural, residências artísticas, exposições, um filme musicado, visitas guiadas e ações comunitárias, entre outras atividades.
Acordámos cedo, depois de uma noite retemperadora. Da janela do quarto (11º andar), avistava-se já a cidade a fervilhar ao sol da manhã. Sabíamos que também hoje o dia ia ser longo e cansativo.
O pequeno-almoço buffet, com propostas variadas e opções Sport Choice, escolhidas por uma nutricionista, deu-nos forças para a visita ao centro histórico da Covilhã. Destacamos que o Sport Hotel Gym + SPA é um dos quatro hotéis em Portugal a dispor da certificação Gluten Free da Associação Portuguesa de Celíacos/Biotrab.
Acompanhados por Pedro Seixo Rodrigues, um dos criadores deste festival de arte urbana, partimos mais uma vez pelas ruas do centro histórico da Covilhã, percurso que nunca nos cansamos de fazer, porque sempre descobrimos motivos novos que nos deslumbram.
Criado em 2011, fruto da iniciativa do casal Pedro Seixo Rodrigues, Elisabet Carceller, e de Lara Seixo Rodrigues, irmã de Pedro, com o objetivo de prestar tributo à história da cidade e despertar o interesse da comunidade para a arte contemporânea, o Wool Fest, conta já com 43 iniciativas, 122 intervenções artísticas (murais e instalações) e integrou 46 artistas portugueses e 23 artistas estrangeiros.
De acordo com Pedro Seixo, a edição deste ano do festival WOOL – Covilhã Arte Urbana “vai ter uma programação “mais musculada”, com cerca de 40 iniciativas, para assinalar os dez anos de existência” acrescentando ainda que “Em destaque estarão as residências artísticas de fotografia e desenho, que já estão a decorrer e a sonorização do centenário filme “Covilhã Industrial, Pitoresca e seus arredores”, pelos First Breath After Coma.”.
A dupla de artistas Colectivo Licuado, do Uruguai, estará na Covilhã para contribuir com uma intervenção mural, que visa celebrar os 140 anos da 1.ª Expedição Científica à Serra da Estrela, que foi realizada em 1881 pela Sociedade de Geografia de Lisboa.
Presentes no Wool Fest estarão ainda os portugueses, Daniel Eime, que trabalhará sobre a temática do papel da mulher na indústria dos lanifícios covilhaneses, e TheCaver, assim como a espanhola Marta Lapeña.
Outra das ações prende-se com o lançamento do livro “WOOL 2011-2021”, que integra a história destes 10 anos do festival, bem como textos científicos redigidos por personalidades das áreas da arte, arquitetura e turismo para além de testemunhos dos artistas participantes.
Nas residências artísticas, os destaques vão para Nuno Sarmento, dedicado ao desenho, e Raquel Belli, fotógrafa e artista visual que aplica técnicas e padrões usados em cestaria e tecelagem. Esta última terá fotografias suas e cedidas pela comunidade expostas em espaços de comércio local da Covilhã. Outra exposição será Crisis, uma reflexão sobre as crises ambientais, sociais e económicas que, sendo globais, têm impacto local, pelas mãos do catalão Jofre Oliveras e da fotógrafa Lucía Herrero.
No decorrer do nosso passeio, fomos recordando os “Olhos de Coruja” intervenção de Bordallo II, o som dos andorinhões, que habitam e dominam a Covilhã e que serviu de inspiração ao mais recente trabalho de Pantónio, “Arrebatamento” de Bosoletti, ou o “Fio condutor” de Regg Salgado.
Samina, por seu lado, pode ser encontrado na Rua das Portas do Sol nº 87, onde “habita” o Sr. Viseu, morador do centro histórico, antigo trabalhador dos lanifícios, antigo jogador do Sporting da Covilhã e treinador de atletismo. Para Pedro Seixo, “É alguém com muita da história da cidade e que por isso decidimos homenagear, homenageando a própria cidade. O Sr. Viseu não tinha conhecimento deste tributo e ficou absolutamente encantando ao ver esta autêntica obra-prima do talentoso Samina”. concluiu.
Nesta visita guiada, que qualquer um pode fazer em qualquer altura do ano, fazendo a marcação através do site oficial do Wool Fest, descobrimos ainda a história da menina retratada em Hoy es el Futuro), de Sebas Velasco, ou a lenda do enorme Monstro de Olhos no Focinho, de Kram, que aterrorizava a cidade da Covilhã.
Contudo, para quem preferir fazer a visita ao seu ritmo, será aconselhável, recolher os folhetos com os percursos e a localização das intervenções, no Posto de Turismo ou na Mercearia ‘A Tentadora’ centro nevrálgico da Arte Urbana da Covilhã. Depois já na posse das informações necessárias, poderão sempre saber mais, sobre cada intervenção através do QRcode existente junto das mesmas.
Mas para além da Arte Urbana, a Covilhã tem muito mais para oferecer. O Museu da Covilhã, onde poderá encontrar um pouco da história e da contemporaneidade da cidade, tem a abertura marcada para breve.
O Museu dos Lanifícios, Museu do Queijo ou o Museu Mineiro, são alguns dos museus que aconselhamos a visitar, com destaque para o New Hand Lab, um espaço instalado numa antiga fábrica de lanifícios, que promove a criatividade, a inovação e o empreendedorismo através da concretização de ideias, produtos e iniciativas.
Toda a informação sobre museus, património histórico e cultural da cidade da Covilhã, pode ser encontrado no site da Câmara Municipal.
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