Oléeeeeee, outono sê bem-vindo à Serra da Estrela
O desafio do ano está ao rubro. O outono, dotado de uma nova dinâmica e reforçado com novos investimentos instigados pela Mãe Natureza desafia o verão. Um frente a frente que decidimos ir assistir. Como verdadeiros adeptos que somos da natureza tão sui generis da Serra da Estrela, vestimos a nossa pele de adeptos. Sem bilhete de entrada e sem lugar marcado, rumamos às encostas, feitas de bancadas eufóricas, deixamo-nos literalmente levar pela emoção que transparece desta montanha.
As cores outonais… A tática surpresa.
Olhando pelas quatro linhas da Serra da Estrela, somos espetadores de uma nova e eficaz tática ofensiva, onde as cores outonais sobem no terreno. Os verdes, fragilizados pela pressão alta que exerciam nos últimos meses recuam as linhas, não conseguem responder. Com as substituições esgotadas, fatigados e em inferioridade numérica, vão sucumbindo ao sabor do tempo devidamente cronometrado pela estação do ano. Deixaram-se adormecer e o outono, letal como sempre, desfere o passe de morte, rumo ao golpe final. As cores outonais festejam, pedem aplauso, e nós, como fanáticos, vibramos com tal espetáculo…
Cogumelos… Reis do Tiki-Taka.
Jogando junto ao solo, de pé ante pé, alimentados pela chuva que surgiu nesta pré-época, eles brotam com nova pujança. A secura de resultados provocada pelo maior investimento preconizado pelo verão, assiste a um volte face. Polivalentes e sabendo jogar e adaptar-se a qualquer estado do terreno, emergem neste jogo do toma lá, dá cá. Patrocinados pela nova dinâmica que a Natureza impõe, preenchem melhor os espaços, fazem-se notar sem peneiras e dão estatura ao outono. O jogo de equipa compensa!
Castanhas… As novas contratações.
Saídas do banco, dão energia e fulgor ao outono. Com o seu jogo de chuveirinho e bombardeando a área adversária fitam o offside que o verão ainda explora. Este tenta arrastar o desafio para o prolongamento, mas esta tática mostra-se infrutífera. Revelando a sua hegemonia nesta época, puxam pela moldura humana que se aproxima das linhas de jogo para lhes deitar a mão. Todos querem tocar na coqueluche do outono e saborear o gosto único e inconfundível da vitória.
Cabazada
Apito final, fim do desafio e o resultado era o esperado. Uma goleada traduzida devido ao génio do outono. Eufóricos e cheios de confiança nesta nova equipa, não perdemos oportunidade de esperar pelas novas vedetas. Fotografamos, apaixonados por esta nova veia goleadora, queremos mais e melhor. Mais e melhor deste espetáculo onde a supremacia desta época do ano se revela imbatível. Em equipa vencedora não se mexe, pelo menos até dezembro.
O verão, derrotado, aziado, aceita-se rendido e toma uma posição forte: fazer blackout, ao que consta até para ano. Até lá, vai manter-se de porta fechada…
Nota importante: Em alguns dos locais mencionadas aconselha-se a visita com acompanhamento de guia.
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