Poucas serão as pessoas, que sabem que a Beira Baixa foi a porta de entrada da primeira Invasão Francesa, chefiada pelo General Junot, num longínquo mês de novembro de 1807.
Para saber mais sobre este período da nossa história, metemo-nos ao caminho e fomos conhecer a rota na região que se assumiu como ponto estratégico, na altura das Invasões Francesas, nomeadamente na primeira, chefiada pelo general Junot. Por aqui entraram as tropas francesas, que cansadas e mal alimentadas, deixaram um rasto de destruição por onde passaram.
Seguimos a rota por entre castelos, fortalezas e baterias (antigas estruturas de defesa) que tiveram como missão proteger e vigiar as investidas do inimigo e consolidar as conquistas portuguesas.
Desde Castelo Branco e seu Paço Episcopal, onde o General Junot pernoitou, até às Serras de Moradal e Talhadas, linhas defensivas naturais no concelho de Proença-a-Nova que dizimaram grande parte do poderoso exército francês, trilhamos caminhos que nos contam estórias da história desta região.
O concelho de Proença-a-Nova rico em estruturas militares que remontam ao Séc. XVIII às quais se dá o nome de Linha Defensiva das Talhadas-Moradal, era a primeira linha de defesa do território face às invasões que entravam pela Beira-Baixa, assim como Vila Velha de Ródão, onde são conhecidas algumas fortificações do tipo bateria, destinadas a controlar as vias de comunicação com o recurso a artilharia, bem como um castelo utilizado com a mesma finalidade, construído no século XII.
Mas a Beira Baixa tem mais para oferecer a quem o visita. O território situado no centro de Portugal junto à raia, encerra em si uma vasta diversidade de elementos materiais e imateriais que lhe conferem, por um lado, uma forte unidade identitária e, por outro, uma diversidade ímpar, disseminada por cada Município que a constitui: Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão.
A pouco mais de 3 horas de distância de Lisboa ou do Porto a Beira Baixa, é uma região com muito para descobrir. A rota das Invasões Francesas, é só uma das muitas opções para passar uns dias diferentes.
Aldeias e vilas de gente simpática e acolhedora, rios, praias, serras e veredas, para além de grande oferta de alojamentos de qualidade e de uma gastronomia diversificada, com séculos de tradição, convidam-nos a relaxar e a esquecer os longos dias encerrados entre quatro paredes.
Se conseguimos ‘aguçar’ a sua curiosidade, não perca os nossos próximos artigos em que lhe daremos a conhecer estórias da história deste interior, por vezes tão esquecido.
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