Foi inaugurado na passada sexta feira, o mural do artista Alexandre Farto, mais conhecido por Vhils, em homenagem aos profissionais de saúde. A obra que retrata os rostos de 10 profissionais de saúde, do Hospital de São João, foi esculpida num muro situado na entrada das visitas daquele Centro Hospitalar.
Em comunicado enviado à imprensa, o artista português de 33 anos, referiu que “A obra é um agradecimento e uma sentida homenagem a todos os que se encontram na linha da frente, quer da presente pandemia, quer dos cuidados de saúde diários, pela importância que têm na vida de cada um de nós”.
Vhils, enalteceu ainda a coragem, a dedicação e o altruísmo com que estes profissionais colocam as suas vidas em risco na defesa das vidas de todos.
Antes de iniciar a obra, e depois de uma seleção aleatória, Vhils e a sua equipa fotografaram os rostos de médicos, enfermeiros, auxiliares, pessoal técnico ou administradores, todos eles soldados da frente de batalha, no combate à pandemia de covid-19.
Só após este trabalho de preparação, Vhils deu início à obra. Uma semana foi suficiente para que a obra ficasse concluída.
O mural, que Vhils ofereceu ao hospital, pretende para além de homenagear os profissionais de saúde, assinalar também o 40.º aniversário do Serviço Nacional de Saúde.
Sobre:
Alexandre Manuel Dias Farto (Vhils, como é conhecido na cultura graffiti) é um pintor e grafiteiro português, conhecido pelos seus “Rostos” esculpidos em paredes.
Nasceu em Lisboa em 1987. Terminou os seus estudos em 2008 na University of the Arts em Londres.
Iniciou-se em pintura em 1998 com apenas onze anos. Pintava muros de ruas e comboios da margem sul do rio Tejo.
As suas obras são o fruto do seu ideário e o mundo que o envolve. Este artista de Lisboa, a partir das suas raízes do graffiti/street art tem vindo a explorar novos caminhos dentro da ilustração, animação e design gráfico, misturando o estilo vectorial com o desenho à mão livre, aliado a formas contrastadas e sujas, que nos remetem para momentos épicos.
Em 2011, desenvolveu uma técnica usando explosivos, grafite, restos de cartazes e até retratos feitos com metal enferrujado para criar retratos e frases. Existem trabalhos seus espalhados por vários locais nas cidades portuguesas de Lisboa, Porto e Aveiro. No mundo, capitais como Londres, Moscovo, Bogotá, e cidades como Medellín, Cali (na Colômbia), Nova York, Los Angeles, Grottaglie (sul da Itália) contam com os seus trabalhos.
Em 2012, recriou uma guitarra portuguesa para a colecção Tudo isto é… autores da Malabar.
A 9 de Junho de 2015, foi feito Cavaleiro da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.
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FONTE: CMP