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Conhece as Rotas Turísticas dos Museus, do Património e das Artes e Ofícios?

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Conhece as Rotas Turísticas dos Museus, do Património e das Artes e Ofícios?
Conhece as Rotas Turísticas dos Museus, do Património e das Artes e Ofícios? - ©Armando Saldanha (Aldrabiscas)

Dando continuidade ao tema CB Rotas, a APP, apresentadas na BTL, vamos hoje abordar as três rotas turísticas ligadas ao património histórico, museológico e cultural de Castelo Branco:  Rota Museus, Rota Património e Rota Artes.

Repleta de história e com um património de incalculável valor, esta cidade secular dispõe de uma grande diversidade de espaços e de múltiplas atividades, com um ambiente próximo e familiar, onde a serra e a cidade se cruzam, oferecendo boas opções para quem quer descansar e recarregar baterias.

Rota Museus

Com uma oferta cultural ímpar, que revela a história que moldou a região durante séculos, a Rota dos Museus, composta por dez museus, revela-nos a “História da Seda em Portugal”, a herança deixada pela indústria têxtil, o Museu do Bordado de Castelo Branco, único no mundo, cujo reconhecimento ultrapassa fronteiras, sendo o maior testemunho da história da cidade.

Numa região onde a cultura do linho era tradicional e a amoreira se dava tão bem, a ponto de permitir a criação em larga escala do bicho-da-seda, é natural o surgimento do Bordado de Castelo Branco.

Ainda na cidade de Castelo Branco é possível visitar o Centro Cultural Contemporâneo, a Casa da Memória da Presença Judaica e o Museu Cargaleiro, atualmente instalado em dois edifícios contíguos.

No mais antigo está uma parte da coleção de cerâmica do pintor português nascido em Vila Velha de Ródão e no mais novo, inaugurado em 2011, há várias obras de Cargaleiro e de outros artistas em pintura, cerâmica, escultura, azulejaria e tapeçaria.

A Rota dos Museus inclui ainda o Museu dos Têxteis, em Cebolais de Cima, o Museu do Canteiro, em Alcains e o Núcleo Etnográfico de Lousa, pequenas freguesias do concelho de Castelo Branco.

Rota Património

Herdeiro de um património ímpar, o concelho de Castelo Branco engloba um conjunto de monumentos que podem ser visitados e apreciados por toda a família.

Começando pelo Castelo edificado pelos Templários, pode seguir-se pela Zona Histórica, repleta de belos Portados Quinhentistas, e continuar a visita pelo vasto Património Histórico e Cultural, disperso por todo o concelho.

Localizada numa posição estratégica, a edificação inicial desta fortaleza templária terá ocorrido entre 1214 e 1230. Fechava um cerco de muralhas e torres, tendo sido posteriormente alargado por ordens de D. Dinis.

A cidade medieval está perfeitamente diferenciada da cidade moderna, através das suas ruas estreitas, denunciadoras de uma época, com os celebres portados quinhentistas e toponímia apropriada à criação das comunidades de artesãos.

No seu conjunto, os portados quinhentistas, apresentam-se como uma arquitetura de parcos recursos e com uma decoração que se pode, informalmente, designar de “Manuelino pobre” ou “Manuelino popular”. Nos lintéis dos portados e janelas surgem pormenores decorativos com motivos em alto e baixo-relevo, registos da época e, nalguns casos, indicadores do ofício ou do desafogo económico e estatuto social do habitante.

Ainda dentro do centro histórico, podemos encontrar O Cruzeiro de S. João, classificado como Monumento Nacional ou a Igreja de São Miguel, templo atribuído aos Templários, que foi reedificada no século XVII, em estilo Renascentista.

Castelo Branco dispõe também de um exemplar único e original do Barroco em Portugal, o Jardim do Paço Episcopal.

Situado no centro da cidade, o Jardim do Paço Episcopal (ou de João Baptista) foi mandado construir pelo bispo da Guarda, D. João de Mendonça, por volta de 1720. Apesar de não haver registos confirmados, terá sido idealizado por um arquiteto italiano.

Composto por vários lagos, dominado por balcões e varandas com guardas de ferro e balaústres de cantaria, destacam-se as estátuas dos Reis de Portugal e as dos signos do Zodíaco.

Rota Artes e Ofícios

O concelho de Castelo Branco tem uma longa história de artes e ofícios com grande riqueza artística. Esta Rota pretende mostrar os espaços museológicos e oficinas da cidade e do concelho, dando protagonismo aos artífices e às artes que, além de caracterizarem o território, foram e continuam a ser parte fundamental do processo de regeneração do mesmo.

Numa viagem pelo passado, presente e futuro, pretende-se divulgar o saber fazer dos ofícios reforçando a identidade do território.

No Museu da Seda, podemos seguir as várias etapas do ciclo da seda: “Do Bicho ao Fio; Do Fio ao Tecido; e do Tecido ao Produto Final”, compreender o processo de produção, conhecer alguns instrumentos utilizados no método tradicional utilizado para obter esta matéria-prima e, ainda, apreciar alguns trabalhos feitos com seda. Tendo como objetivo consolidar os conhecimentos e informações transmitidas durante a visita, os mais novos são convidados a realizar algumas atividades.

Outro das artes da região é a construção da Viola Beiroa. Sendo originária da região da Beira Baixa, a Viola Beiroa é um cordofone que pertence à família das Violas de Arame tradicionais portuguesas, também chamada de Bandurra ou Viola de Castelo Branco.

A criação da Associação Recreativa e Cultural Viola Beiroa, em 2013, foi essencial para a recuperação, revitalização e divulgação deste instrumento. Na sua sede desenvolve-se uma intensa atividade de aprendizagem direcionada à construção do instrumento e à forma de o tocar.

É também aqui que ensaia a Orquestra Viola Beiroa que tão bem tem divulgado este instrumento.

O Solar dos Goulões, mais tarde designado Solar Ulisses Pardal, em Alcains, acolhe o Museu do Canteiro, cuja temática é dedicada ao labor do canteiro, que tem como tema central a pedra, as técnicas e os instrumentos para a trabalhar o granito, tão ligado à história sócio-económica da Vila e do Concelho.

Mas para além da Pedra, também os Têxteis são parte integrante desta região. Localizado na freguesia de Cebolais de Cima e Retaxo o Museu dos Têxteis pretende transmitir aos visitantes o património industrial e técnico do sector têxtil. Constituído por um espaço museológico onde foram preservados, in loco, mecanismos originais da indústria têxtil, demonstrando as diversas fases da produção relativas à cardação e fiação, o museu contempla ainda, um espaço experimental, onde se encontra uma sala audiovisual e mecanismos referentes ao processo de tecelagem.

Já a Fábrica da Criatividade pode ser considerada como um dos espaços com maior diversidade de produção cultural a nível nacional, fazendo com que uma antiga fábrica de confeção têxtil renasça como um espaço dedicado á criatividade. Tem infraestruturas polivalentes, capazes de albergar projetos empreendedores na área das indústrias criativas e, desta forma, dar apoio aos artistas.

Falta ainda falar da arte mais conhecida e famosa de Castelo Branco. A arte do Bordado. Mas dessa vos falaremos mais à frente, quando, dentro da temática das Rotas Turísticas, abordarmos a Rota do Bordado.

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