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Centenário da Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul, assinalado no Jardim da Torre de Belém

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Centenário da Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul, assinalado no Jardim da Torre de Belém
Centenário da Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul, assinalado no Jardim da Torre de Belém - ©Armando Saldanha (Aldrabiscas)

Na cerimónia de celebração do Centenário da Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul, organizado pela Marinha e pela Força Aérea, que decorreu no Jardim da Torre de Belém, foram entregues medalhas comemorativas aos representantes do Brasil, Espanha e Cabo Verde, um desfile das forças em parada, bem como uma demonstração aeronaval com 16 aeronaves, 60 embarcações e 6 navios.

A cerimónia foi presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e contou, com as presenças do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, do Chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Henrique Gouveia e Melo e do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general João Guilherme Cartaxo Alves.

No discurso das celebrações dos 100 anos da travessia aérea do Atlântico Sul por Gago Coutinho e Sacadura Cabral, o Presidente da República abordou a travessia aérea do Atlântico Sul, em 1922, para sublinhar que, “100 anos depois, é preciso investir no futuro, apostando nas Forças Armadas, na educação, na ciência e na tecnologia”.

“Precisamos de sair daqui hoje (…) com a certeza de que valeu a pena aquilo que Gago Coutinho e Sacadura Cabral fizeram. Valeu a pena, e vale a pena, termos as Forças Armadas que temos, valeu a pena e vale a pena apostarmos na educação, na formação, na qualificação, na ciência e na tecnologia. Valeu a pena, e vale a pena, olharmos para o passado para construirmos o futuro”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O evento contou ainda com a presença de Luis Vieira-Baptista, Presidente da Associação David Melgueiro, António Bessa de Carvalho, Presidente da Associação Nacional de Cruzeiros e de António Vieira Coelho, Administrador Executivo da Estoril Sol, entre outras individualidades de relevo do meio, político, económico e da sociedade civil.

No final da cerimónia, Marcelo Rebelo de Sousa descerrou uma placa relativa ao centenário da travessia aérea do Atlântico no monumento alusivo ao acontecimento, antes de dar o tiro de partida da expedição Lusitânia, que irá procurar replicar, por mar e à vela, o percurso de Sacadura Cabral e Gago Coutinho.

A Expedição Lusitânia é composta de oito veleiros que deverão chegar, no final do próximo mês de junho, ao Rio de Janeiro. No final deste ano, inicia-se o regresso a Portugal, estando prevista a chegada a Lisboa em julho de 2023. A travessia inclui ainda paragens em diversos locais como Las Palmas, Mindelo-Cabo Verde, Fernando de Noronha, Recife, Salvador da Baia, Porto Seguro, Vitoria e Rio de Janeiro.

Sobre a primeira travessia aérea do Atlântico

Na primeira viagem aérea do Atlântico, entre Lisboa e o Rio de Janeiro, Sacadura Cabral e Gago Coutinho voaram 4527 milhas em 62 horas e 26 minutos, entre 30 de março e 17 de Junho de 1922.

A 30 de março de 1922 deu-se início à primeira travessia aérea do Atlântico Sul, protagonizada pelo Almirante Gago Coutinho e pelo Comandante Sacadura Cabral a bordo do hidroavião Fairey III, batizado “Lusitânia”, tendo como destino final o Rio de Janeiro.

Foi uma viagem bastante atribulada, onde foram utilizadas três aeronaves. Depois de percorridas 4527 milhas em 62 horas e 26 minutos, os heroicos oficiais foram recebidos em festa pela população do Rio de Janeiro, a 17 de junho de 1922.

Estava assim concluída a primeira travessia aérea do Atlântico Sul pelos oficiais de Marinha Gago Coutinho e Sacadura Cabral.

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