O livro “Tudo pelo poder”, do jornalista Rui Cardoso, foi apresentado quarta-feira, dia 25, na Fnac do Chiado e fala-nos das traições, conspirações e vinganças da história de Portugal.
A Liliana Valpaços, uma das fundadoras da Matéria Prima Edições, e a Ricardo Costa, diretor-geral de informação do grupo Impresa, coube a tarefa de “apresentadores oficiais” da obra que, de acordo com a editora “trata daquilo que as pessoas fazem quando querem ter ou perdem o poder”, referindo que “o livro não é um mero relatório de factos e datas porque tem uma dimensão humana que o tornam muito bom de ler”.
Ricardo Costa disse que, apesar de conhecer a maior parte dos momentos relatados no livro, “quando os apanhamos organizados e reconstruídos desta forma pessoal e didática, é incrivelmente mais apelativo que os livros de história mais clássicos”, defendendo que se trata de “uma obra com muitos casos pitorescos e de leitura fácil, historicamente muito sólida e fruto de um gosto pessoal e de muita persistência” e que as histórias relatadas são “muito bem contadas, atadas e agarradas, consistentes no todo, mas cujos capítulos soltos também se leem perfeitamente”.
Feitos os agradecimentos iniciais, Rui Cardoso referiu que “cada bocadinho do livro foi feito no seu local”, tendo este demorado cerca de “dois anos, entre a ideia e coisa acabada, havendo dois grandes períodos de ponta em termos de escrita e avanço do livro para o seu aspeto final que foi entre novembro do ano passado e março deste ano”.
Segundo o autor, os livros feitos por historiadores como Irene Pimentel “são como andar de Rolls-Royce” e que o seu será mais como “o Tuk Tuk da história” porque foi “menos longe, com uma visão da história mais descontraída, contudo, tentando que fosse com rigor e factual”.
A obra, explica o jornalista, é “constituída por vários textos e vários capítulos para permitir a leitura mais simples e que as pessoas se centrem nas histórias que mais lhes interessem”, sendo que “para além da ideia de acaso presente em grande parte dos episódios narrados, acrescentei-lhe uma vertente prática de guia de viagem em algumas coisas, como a história da Batalha de São Mamede onde lemos que D. Afonso Henriques ganha a mesma porque, como bom português, chega atrasado e encontra os galegos já cansados, mas onde explico também como se chega ao sítio onde a batalha se deu”.
Rui Cardoso revelou que lhe deu “um gozo bestial escrever este livro, sendo o capítulo sobre a luta estudantil aquele que me levou mais ao coração”, mas que “gostava de fazer um livro que tivesse a ver com as rotas de Portugal, seja a pé ou de bicicleta, ou sobre a rota dos contrabandistas. Digamos que um “Tudo pelo poder”, mas virado do avesso, ou seja, muita coisa sobre o passeio e depois umas caixinhas a fazer o enquadramento histórico”.
O livro encontra-se à venda nas lojas Fnac pelo valor de 16 euros.
