Gala dos Campeões de Canoagem: Clubes locais são as ‘incubadoras’ de Campeões

A Gala dos Campeões 2018 da Federação Portuguesa de Canoagem, que decorreu no passado sábado em Coimbra, premiou atletas e clubes que mais se destacaram na canoagem, durante o ano de 2018.

Clube de Canoagem de Amora
Clubes locais são as ‘incubadoras’ de Campeões - ©Aldrabiscas

Um dos clubes premiados na gala, foi o Clube de Canoagem de Amora, com vários campeões nacionais em diversas categorias e vencedor do ranking nacional de veteranos.

A receber o prémio esteve João Paulo Duarte, presidente do CCA, que visivelmente satisfeito referiu “estamos muito felizes, é uma distinção enorme e merecida, pelo trabalho que temos vindo a desenvolver no clube e que nos enche muito de orgulho” . A par da satisfação, João Paulo Duarte, revelou que o CCA, situado numa das margens da bonita baía do Seixal, está no terceiro lugar do ranking nacional, à custa de muito trabalho, sacrifício e empenho dos seus dirigentes, técnicos e atletas.

Outro dos atletas do Clube de Canoagem de Amora, que subiu ao palco foi Bernardo Raposo, que se sagrou campeão nacional em K1 1000m júnior e em K2 1000m júnior, para além de ter representado Portugal no campeonato da europa de velocidade e no campeonato do mundo de maratona.  Este jovem que concilia a prática da modalidade com o curso universitário, salienta que para atingir os objetivos é necessário muito esforço e dedicação mas, no final diz-se satisfeito “foi uma época bastante positiva, consegui a minha primeira participação num campeonato da europa de velocidade pela seleção nacional e superei-me a mim próprio, espero continuar a evoluir. “

Também João Duarte, que foi campeão nacional em várias vertentes da modalidade e representou a seleção nacional nos Olympic Hopes, juntamente com Hugo Martins e Pedro Casinha, diz “quero continuar a trabalhar e a evoluir, voltar a ser campeão nacional e mais tarde, quem sabe, conquistar uma medalha numa competição internacional.”

Ambos os atletas, lamentaram o facto de terem de adequar os treinos aos horários das marés, em virtude da pouca água existente na baía do Seixal, o que lhes causa transtorno à sua vida académica.

Mas a este, juntam-se tantos outros problemas como por exemplo as exíguas instalações em local improvável … tão improvável que os atletas têm de interromper o trânsito normal da cidade de Amora para transportarem a sua embarcação até à água. Os parcos apoios e o ‘andar a contar os cêntimos’ já nem são o tema principal!

Mas, meus senhores, os campeões são feitos desta ‘massa’. Lutam, sofrem e superam-se a cada momento, quer seja em prova quer seja fora dela para alcançarem e ultrapassarem objetivos e assim guindar o nosso País ao topo do desporto mundial.