Em 1931 iniciaram as provas no Circuito Internacional de Vila Real, foi aqui que muitos pilotos se consagraram campeões e que ficaram na história de um traçado mítico, que viria a colocar Portugal na lista das provas internacionais de automobilismo. Um traçado urbano, com características muito próprias e desafiante para todos os pilotos, celebra este ano a sua quinquagésima edição, considerada especial como nos explica Rui Santos, Presidente da Câmara de Vila Real, “esta edição é especial, julgo que aqueles que em 1931 ousaram numa pequena cidade no interior do país para cá do Marão, com acessibilidades extremamente difíceis, fizeram o primeiro circuito urbano de velocidade do país, não imaginavam que 88 anos depois a cidade tinha sido capaz de realizar cinquenta edições do Circuito Internacional de Vila Real. Nesta edição em particular ter sete campões do mundo mais o Tiago Monteiro numa prova FIA, uma prova internacional vista nos 4 cantos do mundo que honrará todos aqueles que em 1931 ousaram sonhar e colocar Vila Real como capital do automobilismo em Portugal”.
Pelo quinto ano consecutivo, o Circuito de Vila Real recebe diversas provas de automobilismo, dos campeonatos nacionais e a prova mais esperada pelos espectadores, o WTCR. São milhares de pessoas que se deslocam à capital transmontana, espalhando-se pelos 4,6 quilómetros do traçado para assistir às provas, “o segredo é a paixão”, conforme refere Rui Santos, “o norte gosta de corridas, Vila Real adora corridas é uma tradição que implica o sacrifício de muitas pessoas, o trânsito fica condicionado, o acesso às habitações ficam condicionadas, as corridas são feitas nas ruas em que todos os dias percorremos, existe essa compreensão, existe também a percepção de que um circuito com estas características coloca Vila Real no Mundo é o principal evento desta cidade e é o evento que nos distingue de cidades de igual dimensão em Portugal e no Mundo”, afirma Rui Santos.
Foi em 2013 que o atual Presidente da Câmara de Vila Real anunciava que Vila Real iria reviver os tempos de gloria de outrora com o regresso das provas de automobilismo, “quando prometemos o regresso do Circuito Internacional de Vila Real tínhamos a noção que havia um caminho a fazer um percurso que tínhamos de trilhar, mas sabíamos das potencialidades do circuito tínhamos falado com muita gente e tínhamos percebido que havia potencialidades, podiam ser diversas provas, mas o caminho tinha de ser a internacionalização e foi por isso que trabalhamos e conseguimos”, refere.
Com o contrato terminado em 2019 com WTCR, Rui Santos está e negociações e pretende, que em 2020 seja melhor, “O nosso contrato com o WTCR terminou em 2019 o próprio WTCR e o seu contrato com a Eurosport e também o seu próprio licenciamento com a FIA só foi renovado há 3 semanas, está naltura de falarmos com os pés assente na terra. É isso que temos em mente olhando sempre para o futuro estamos a negociar, estamos a ver as várias hipóteses, as várias alternativas, aquilo que direi é que temos a determinação de ter o Circuito Internacional de Vila Real em 2020 e se for possível melhor do que temos em 2019 esse é o nosso objetivo”, conclui.