Ourém com “Saudades do Sabor” lança mês gastronómico

“Saudades do Sabor” é tema de mês gastronómico que irá decorrer em Ourém para dinamização da gastronomia típica da região enquanto polo de atração turística.

Saudades do Sabor em Ourém
Ourém com “Saudades do Sabor” lança mês gastronómico - ®DR

O Município de Ourém elegeu setembro como o mês gastronómico, prevendo lançar, já este ano, a iniciativa “Saudades do Sabor”, um evento organizado em parceria com os estabelecimentos de restauração do Concelho.

“Saudades do Sabor” pretende promover a gastronomia típica do Concelho de Ourém, estimular a qualidade e a criatividade dos restaurantes aderentes, contribuindo para a dinamização da gastronomia típica da região enquanto polo de atração turística.

Ainda que em fase embrionária, o projeto “Saudades do Sabor” tem encontrado resposta positiva junto do setor, contando já com dezenas de restaurantes aderentes em todo o Concelho.

O Município desafia os restaurantes a apresentarem a sua própria ementa, partindo das sugestões de entrada, sopa (opcional), prato principal e sobremesa, todas elas cozinhadas à base de receitas tradicionais, como merendeiras salgadas, enchidos vários, sopa de carne, sopas de verde, carneiro guisado, coelho à moda da Ortiga, mexudas, chícharos com broa, feijão com abóbora e sobremesas encorpadas por produtos endógenos como ovos, mel, figos secados e pinhões, entre muitas outras iguarias propostas no Normativo deste evento.

Sobre a História de Ourém:

O concelho recebeu foral em 1180, atribuído pela infanta D. Teresa de Portugal, Condessa da Flandres, filha do rei D. Afonso Henriques e da rainha Mafalda de Saboia. Nesse documento refere-se que aquele lugar se chamava em latim Auren.

No documento de doação do eclesiástico em 1183 por D. Teresa, afirma-se que o local onde foi construído o castelo anteriormente se chamava Abdegas: “Aprouve-me fazer testamento do eclesiástico de Ourém, que antes se chamava Abdegas”. No entanto, no foral de Leiria de 1142 a palavra Ourém (Portus de Auren) já era referida, pela primeira vez, como limite territorial do termo de Leiria, e parece indicar um curso de água, correspondente à ribeira de Seiça. Em 1159 na doação do Castelo de Ceras, e em 1167 num documento do Bispo de Lisboa a D. Afonso Henriques sobre uma disputa territorial com os Templários, tinha voltado a aparecer Portus de Auren.

A palavra Portus significava uma travessia de um rio ou ribeiro. A comparação dos documentos leva a concluir que o “Porto de Ourém” se situava entre a Sabacheira e Seiça. Por isso, é de crer que inicialmente a palavra Auren designasse apenas a ribeira com os seus terrenos adjacentes.

O núcleo histórico desenvolveu-se em torno do Castelo de Ourém, que teve no tempo de D. Afonso de Bragança, 4.º Conde de Ourém, um período de grande desenvolvimento.

Grandemente atingida pelo Terramoto de 1755, a cabeça do concelho mudou-se para a Vila Nova.

Foi incendiada pelo Exército Francês durante a Terceira Invasão Francesa no final de 1810, tendo sobrado, apenas, algumas casas.

Em 1841 a sede do concelho passou da zona histórica do castelo para o vale onde se encontra atualmente, para a Vila Nova.

Desde a primeira metade do século XIX até à sua elevação a cidade em 20 de Junho de 1991, era conhecida como Vila Nova de Ourém. Atualmente o seu nome oficial é apenas Ourém.

Outras cidades relativamente perto: Leiria, Fátima, Tomar, Torres Novas, Entroncamentoe Pombal.

 

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Fonte: CMO